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Gaza

Oxfam acusa Israel de bloquear 'deliberadamente' a entrada de ajuda humanitária em Gaza

A ONG destaca "restrições de acesso" para os trabalhadores humanitários, especialmente no norte da Faixa de Gaza

Moradores de Gaza correm em direção ao Mar Vermelho para buscar ajuda humanitáriaMoradores de Gaza correm em direção ao Mar Vermelho para buscar ajuda humanitária - Foto: Reprodução/Internet

A ONG Oxfam acusou nesta segunda-feira (18, noite de domingo no Brasil) Israel de impedir "deliberadamente" a entrada de ajuda humanitária em Gaza, sejam alimentos ou equipamentos médicos, em violação do direito humanitário internacional.

"Apesar de sua responsabilidade como potência ocupante, as práticas e decisões de Israel continuam bloqueando e impedindo sistematicamente qualquer resposta humanitária internacional significativa na Faixa de Gaza", escreveu a Oxfam em um relatório.

A ONG denuncia especialmente os protocolos de inspeção da ajuda "injustamente ineficazes", que criam prazos de "vinte dias em média" para autorizar a entrada de caminhões no território palestino, ou a realização de "ataques contra pessoal humanitário, estruturas de ajuda e comboios humanitários".

Critica também o "bloqueio diário" de alguns equipamentos qualificados como de "uso duplo", material que se considera pode ser usado para fins militares.

A Oxfam explica que recipientes flexíveis para água e kits de análise de água foram rejeitados "sem razão" em uma das cargas, mas depois foram autorizados.

Alguns equipamentos indispensáveis para o trabalho de seu pessoal, de comunicação, de proteção ou geradores para alimentar seus escritórios, também sofrem "restrições".

A ONG destaca "restrições de acesso" para os trabalhadores humanitários, especialmente no norte da Faixa de Gaza.

Segundo a ONG, 2.874 caminhões entraram no território em fevereiro, ou seja, "apenas 20% da ajuda diária" que ingressava lá antes de 7 de outubro.

Combatentes do movimento islamista, que governa Gaza, lançaram nesse dia um ataque no sul de Israel, no qual mataram pelo menos 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que já deixou pelo menos 31.645 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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