guerra na ucrânia

Pacote de ajuda à Ucrânia deve ser aprovado neste sábado (20) após democratas virarem votos

Deputados do Partido Democrata intervieram na sexta-feira para apoiar a apresentação da medida ao plenário, em uma notável quebra de costume em uma votação importante

Mike JohnsonMike Johnson - Foto: Julia Nikhinson/AFP

A Câmara dos Estados Unidos deu um passo fundamental na sexta-feira (19) para a aprovação de um pacote de ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan — que há muito tempo estava paralisado — após democratas virarem os votos cruciais para fazer com que a legislação superasse a oposição republicana e pudesse ser considerada em plenário.

Desde o final do ano passado, o governo tem enfrentado dificuldades para aprovar o envio de um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no momento em que Kiev vê seus arsenais chegarem a níveis críticos, e em que a Rússia intensifica ataques contra cidades e fortalece posições de defesa em áreas já ocupadas.

A votação de 316 a 94 votos abriu caminho para que a Câmara apresentasse o pacote de ajuda, preparando votações separadas neste sábado para cada uma de suas partes. Mas a aprovação dessas medidas, cada uma delas atraindo o apoio bipartidário de diferentes coalizões, não foi posta em dúvida, tornando a ação de sexta-feira o principal indicador de que a legislação está praticamente certa de ser aprovada.

Se isso acontecer nas votações marcadas para a tarde deste sábado, espera-se que o Senado aprove rapidamente a medida, e o presidente Joe Biden disse que a assinaria como lei.

Na sexta-feira, a regra para considerar o projeto de lei — historicamente uma votação partidária direta — foi aprovada com mais apoio democrata do que republicano, mas também obteve a maioria dos votos do Partido Republicano, deixando claro que, apesar de uma profunda resistência da extrema direita, há um amplo apoio bipartidário para o pacote de US$ 95,3 bilhões (quase R$ 500 bilhões).

A votação foi uma enorme vitória no amplo esforço para financiar a Ucrânia em sua luta contra a invasão russa, uma das principais prioridades do governo Biden. Foi um triunfo contra as forças do isolacionismo dentro do Partido Republicano e um momento importante de consenso em um Congresso que, no ano passado, foi definido principalmente por sua disfunção.

Mas isso só aconteceu depois que o presidente da Câmara, Mike Johnson, colocou seu cargo em risco ao se voltar para os democratas em uma violação significativa dos costumes da Câmara, comprometendo ainda mais sua posição, enquanto abria caminho para que a legislação fosse votada e aprovada.

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter