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SUBMERSÍVEL TITAN

Pai e filho desistiram de expedição com desconto de R$ 477 mil dado por CEO morto em submarino

Stockton Rush ofereceu passagens para Jay Bloom e o filho, mas os dois voltaram atrás semanas antes de submersível implodir no Atlântico Norte

Jay Bloom foi convidado por CEO da OceanGate para participar de expedição que terminou em implosão de submarino junto ao filho Jay Bloom foi convidado por CEO da OceanGate para participar de expedição que terminou em implosão de submarino junto ao filho  - Foto: Reprodução

Stockton Rush, o CEO da OceanGate morto na implosão do submarino da empresa no último domingo, se gabou da segurança do submersível Titan em mensagens trocadas com um cliente em potencial meses antes da tragédia.

O contéudo das conversas foi tornado público pelo empresário americano Jay Bloom, que se recusou a participar da expedição, em sua conta no Facebook nesta sexta-feira.

Nas mensagens, Stockton Rush oferece passagens com desconto para que Bloom e o filho aceitassem ir na viagem. Anunciadas por US$ 250 mil doláres, saiam em abril por US$ 150 mil, de acordo com a mensagem.

"Em fevereiro, Stockton pediu a mim e a meu filho, Sean, que o acompanhássemos no mergulho no Titanic em maio. Ambos os mergulhos de maio foram adiados devido ao clima, e o mergulho foi agendado para 18 de junho", escreveu Bloom na redes social.

O empresário teria relatado a Rush suas preocupações quanto a segurança da viagem. "Embora obviamente haja risco, é muito mais seguro do que voar em um helicóptero ou até mesmo mergulhar. Não houve nenhum ferimento em 35 anos de submarinos não militares", respondeu o CEO.

"A última vez que vi Stockton pessoalmente foi em 1º de março. Ele me levou através do Titanic Exhibit em Luxor. Depois, no almoço na praça de alimentação do Luxor, conversamos sobre o mergulho, incluindo a segurança. Ele estava absolutamente convencido de que era mais seguro do que atravessar a rua", descreve Bloom.

Entenda o caso
Detritos do submersível Titan, incluindo sua calota de vante (extremidade da embarcação em formato de cone), foram encontrados no fundo do oceano na manhã de quinta-feira, a cerca de 500 metros da proa do Titanic, confirmou nesta quinta-feira o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos EUA.

"Foi o primeiro indício de que houve um evento catastrófico", disse Paul Hankins, especialista em salvamento da Marinha dos EUA. "Os detritos encontrados hoje eram consistentes com a perda catastrófica da câmara de pressão no submersível".

O contra-almirante John Mauger disse à imprensa que assim que foi determinado, notificaram imediatamente as famílias.

"Em nome da Guarda-costeira dos Estados Unidos e de todo o seu comando, ofereço minhas mais profundas condolência às famílias".

As autoridades encontraram "cinco pedaços principais de detritos" que indicavam que eram do Titan, incluindo uma calota de vonte, a extremidade frontal do casco resistente e a extremidade traseira do casco resistente, confirmou Hankins.

A jornalistas, Hankins disse que encontrar os destroços indicava um “evento catastrófico”.

"Ainda não se sabe como isso aconteceu (a implosão). As autoridades e o governo discutirão como/se essa investigação continuará daqui por diante".

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