PROTESTOS

Países árabes protestam após ataque a hospital em Gaza

O bombardeio, atribuído a Israel, deixou mais de 470 mortos

Protestos contra a morte de centenas de pessoas num ataque a um hospital de Gaza Protestos contra a morte de centenas de pessoas num ataque a um hospital de Gaza  - Foto: Ibrahim Amro/AFP

Milhares de manifestantes em países árabes expressaram nesta quarta-feira (18) sua indignação em relação ao bombardeio que deixou centenas de mortos em um hospital em Gaza, atribuído a Israel pelo movimento islâmico Hamas.

Grandes concentrações ocorreram em Amã, Tunísia, Beirute, Damasco e outras capitais, após a tragédia que deixou pelo menos 471 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, e provocou convocações para um "dia de fúria" nos países árabes.

O Hamas, o movimento islâmico palestino que controla o território, acusa Israel de ser responsável pelo ataque. O Exército israelense rejeitou as acusações e atribuiu o ataque a um lançamento malsucedido de foguetes da Jihad Islâmica, aliada ao Hamas, que classificou essas acusações de "mentiras".

Na quarta-feira, em frente à embaixada de Israel em Amã, cerca de 5.000 jordanianos se reuniram para exigir a expulsão da missão diplomática israelense após o ataque.

As forças de segurança bloquearam as estradas que levavam à embaixada, mas a manifestação ganhou força, em meio à fúria nas ruas da Jordânia, país que abriga um grande número de refugiados palestinos.

Na Tunísia, milhares de manifestantes pró-palestinos se reuniram em frente à embaixada da França e condenaram o apoio ocidental a Israel.

Alguns carregavam bandeiras palestinas, enquanto outros exigiam a expulsão do embaixador. Eles acusaram a França de fazer parte dos "aliados ocidentais dos sionistas".

Massacres em série
No Líbano, centenas de pessoas com bandeiras palestinas e do Hezbollah participaram de uma manifestação convocada pelo partido xiita nos subúrbios do sul de Beirute.

"O que está acontecendo em Gaza não é um conflito, ou uma guerra, (...) estão sendo cometidos massacres em série", declarou uma autoridade do movimento, Hashem Safiedine.

"Os israelenses tentarão atacar mais hospitais, pessoal paramédico, pessoal de socorro e habitantes de Gaza, com o objetivo de expulsar os habitantes", acrescentou, antes de advertir Israel contra esse "projeto".

O primeiro-ministro provisório libanês, Najib Mikati, decretou um dia de luto nacional na quarta-feira.

Em Damasco, a capital síria, centenas de pessoas se reuniram perto do Parlamento. Muitas delas usavam camisetas com a imagem do presidente Bashar al-Assad.

Milhares de egípcios também se manifestaram em diferentes cidades, de acordo com imagens divulgadas pelos veículos de comunicação locais e nas redes sociais.

Em outros países muçulmanos, a Turquia decretou três dias de luto nacional pelo ataque ao hospital em Gaza.

"Um período de luto de três dias entrará em vigor, em sinal de solidariedade (...) com a dor desses inocentes", declarou Omer Çelik, porta-voz do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), do presidente Recep Tayyip Erdogan.

No Irã, o presidente Ebrahim Raisi acusou os Estados Unidos de serem "cúmplices dos crimes" de Israel.

"As bombas que caem sobre a população de Gaza são americanas (...) O mundo considera os Estados Unidos como cúmplices dos crimes do regime sionista", declarou Raisi diante de milhares de manifestantes reunidos em uma praça de Teerã.

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