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Países da Otan "precisam construir mais" equipamento militar, diz general

Otan "está preparada para lançar a defesa territorial coletiva", destacou chefe do comando da aliança militar para a Europa

Sede da Otan, em Bruxelas Sede da Otan, em Bruxelas  - Foto: VALERIA MONGELLI/AFP

Os países da Otan "precisam construir mais" equipamento militar face à crescente ameaça da Rússia, disse à AFP o general americano Christopher Cavoli, chefe do comando da aliança militar para a Europa, nesta quinta-feira (6).

"Precisamos construir mais, precisamos expandir a nossa base industrial", disse o general durante a comemoração do 80º aniversário do Desembarque na Normandia, que abriu caminho para libertar a Europa da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Cavoli sublinhou que a Otan "está preparada para lançar a defesa territorial coletiva" após os exercícios militares "Steadfast Defender 24".

Estas manobras, nas quais participaram 90 mil soldados de vários países europeus entre janeiro e maio, estiveram entre as mais importantes desde o fim da Guerra Fria.

A invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, em resposta à qual muitos países ocidentais têm prestado assistência militar a Kiev, destacou a quantidade significativa de munições e equipamento necessários nos conflitos modernos.

Demorou para que os fabricantes de materiais de defesa aumentassem a produção, tanto de munições como de veículos e drones.

"Precisamos conseguir gerar equipamentos mais rápido. Acredito que todos os países da Aliança estão cientes e trabalhando nessa questão", declarou o general.

Cavoli afirmou que a Otan "vai estudar tudo o que está relacionado com o conflito" entre Rússia e Ucrânia para pensar no seu futuro desenvolvimento como aliança militar.

Nesse sentido, citou o uso de drones de baixo custo, que são utilizados tanto pela Rússia como pela Ucrânia, e anunciou que as tropas da Otan aprenderão as "técnicas e táticas" utilizadas no campo de batalha ucraniano em um novo centro de treino na Polônia.

Cavoli destacou que há uma mudança total de abordagem. "Antes realizávamos operações fora da área, agora nos concentramos na defesa do território da Aliança", declarou.

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