AMÉRICA DO SUL

Países do Mercosul reforçam compromisso com democracia em comunicado final

Documento afirma que adesão da Bolívia foi o grande momento da reunião de líderes do bloco, no Paraguai

Países do Mercosul reforçam compromisso com democracia em comunicado finalPaíses do Mercosul reforçam compromisso com democracia em comunicado final - Foto: Ricardo Stucker/PR

Os países do Mercosul comemoraram a adesão da Bolívia como membro pleno ao bloco e se posicionaram contra ameaças à democracia no país. O comunicado final de uma reunião realizada em Assunção, no Paraguai, nesta segunda-feira (8), adverte que ameaças às instituições devem ser condenadas.

O texto também destaca o compromisso do bloco com o fortalecimento das instituições democráticas, de modo geral. Defende a plena vigência do estado de direito, os princípios do direito internacional, a proteção dos direitos humanos e o crescimento econômico.

“Reiteramos que toda tentativa de afetar instituições democráticas ou afetar a ordem constitucional na Bolívia deve ser condenado”, diz um trecho do comunicado.

“O estado de direito e o apego às instituições democráticas devem ser sempre apoiados”.

Essa posição conjunta foi adotada poucos dias depois de um embate entre os presidentes da Bolívia, Luis Arce, e da Argentina, Javier Milei.

O argentino afirmou que Arce forjou a tentativa de golpe militar ocorrida há cerca de duas semanas em La Paz. Milei não estava na reunião do Paraguai, mas sua chanceler, Diana Mondino, assinou o documento.

De acordo com o comunicado, a adesão da Bolívia ao Mercosul é um marco histórico. O país terá quatro anos para se adequar.

“A adesão da Bolívia ao Mercosul demonstra o vigor e a relevância contínua do bloco na promoção da integração regional e no fortalecimento das relações entre os países sul-americanos".

O comunicado destaca a integração física regional e as negociações entre o Mercosul e outros mercados como prioridades. Entre os acordos comerciais que estão no horizonte do bloco, além da União Europeia, destacam-se Japão, Emirados Árabes Unidos, Panamá, República Dominicana e Salvador.

No texto, há uma recomendação dos ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais do bloco: é preciso fortalecer a estabilidade monetária, financeira e de preços nos estados partes do Mercosul, para alcançar uma maior convergência macroeconômica, condição fundamental para aprofundar a integração regional.

Os países destacaram a importância de alcançar uma maior integração energética regional, em particular em matéria de interconexão elétrica e de uso do gás natural. Defenderam o aprofundamento da integração gasífera, tanto por meio da extensão e ampliação da rede de gasodutos como também a execução de projetos de gás natural liquefeito e o aproveitamento da infraestrutura existente.

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