MUNDO

Países do Ocidente e do antigo bloco comunista acusam Moscou pela morte de Navalny

Opositor russo foi morto nesta sexta-feira (16) em uma prisão no Ártico

Opositor russo NavalnyOpositor russo Navalny - Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

A morte do opositor russo Alexei Navalny, de 47 anos, nesta sexta-feira (16) em uma prisão no Ártico, provocou indignação da ONU, assim como das potências ocidentais e dos países do antigo bloco comunista, que atribuíram a responsabilidade ao "regime russo".

ONU: "fim das perseguições" na Rússia
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) declarou-se "indignado" com a morte de Navalny e pediu "o fim das perseguições" na Rússia.

EUA: "Rússia é responsável"
"A Rússia é responsável" pela situação que levou à morte de Navalny, o que destaca "a fraqueza e a podridão no coração do sistema que [o presidente Vladimir] Putin construiu", disse o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

UE: o "regime" russo, "único responsável"
A União Europeia considera que o "regime russo é o único responsável pela morte trágica" de Navalny, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Navalny "lutou pelos valores da liberdade e da democracia. Por seus ideais, ele fez o sacrifício final", disse ele na rede social X.

Ucrânia: Putin deve "prestar contas"
"É evidente para mim que [Navalny] foi assassinado como milhares de outros que foram torturados até a morte por causa de uma única pessoa, Putin, que não se importa com quem morre, desde que mantenha a sua posição", disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, cujo país, uma ex-república soviética, enfrenta uma invasão russa há dois anos.

Para a Polônia, Putin é "o responsável"
Navalny "foi culpado por desafiar Vladimir Putin (...). Foi colocado na prisão, onde permaneceu em condições terríveis. Vladimir Putin é responsável por tudo isso", declarou o chefe da diplomacia polonesa, Radoslaw Sikorski, à agência polonesa PAP.

"Alexei, nunca esqueceremos você. E nunca os perdoaremos", declarou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, na rede social X.

Letônia: Navalny "brutalmente assassinado pelo Kremlin"
Navalny "acaba de ser brutalmente assassinado pelo Kremlin, é um fato e é algo que deve ser conhecido sobre a verdadeira natureza do atual regime na Rússia", declarou o presidente letão, Edgars Rinkevics, na rede social X.

Estônia: Navalny morreu por causa de "um regime desonesto"
A morte de Navalny "é uma lembrança sombria do regime desonesto com que somos confrontados e a razão pela qual todos os responsáveis devem responder por cada um dos seus crimes", escreveu na rede X a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, contra quem o governo russo lançou nesta semana um mandado de prisão devido à remoção de memoriais da época em que a Estônia fazia parte da União Soviética.

Reino Unido: uma "imensa tragédia" para o povo russo
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, lamentou a "imensa tragédia" que a morte do opositor representa para o povo russo e prestou homenagem à "coragem" do "mais feroz defensor da democracia na Rússia".

O chefe da diplomacia, David Cameron, alertou que o presidente russo terá que "ser responsabilizado pelo que aconteceu, ninguém deve duvidar da natureza terrível do seu regime".

França: Navalny foi vítima de "sua resistência a um sistema de opressão"
"Na Rússia de hoje, colocamos espíritos livres no gulag e os condenamos à morte", reagiu o presidente francês, Emmanuel Macron, na rede social X

Navalny "pagou com a vida a sua resistência a um sistema de opressão", destacou o chanceler francês, Stéphane Séjourné.

Alemanha: Navalny pagou "por sua valentia"
O opositor russo "pagou com a vida pela sua valentia", lamentou o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, que prestou suas condolências.

Espanha exige "esclarecimento" da morte
O presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, disse estar "chocado" com a morte de Navalny, que foi "injustamente preso pelo regime de Putin por sua defesa dos direitos humanos e da democracia".

O ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, exigiu "esclarecimentos das circunstâncias" da morte do opositor.

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