Países latinos buscam recuperar o turismo pré-pandemia
Embora os países americanos sejam os que mais atraem visitantes pela proximidade, o mercado europeu é importante
Os países latino-americanos tentam recuperar o número de turistas que tinham antes da pandemia de covid-19, disseram à AFP responsáveis do setor da região, presentes no World Travel Market (WTM), realizado em Londres.
O deputado federal Marcelo Freixo, presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), considera que o Brasil está no caminho certo para a recuperação. Ele destaca que o país recuperou números próximos aos de antes da pandemia e aponta que "Argentina e Estados Unidos são dois bons mercados, mas a Europa também é muito importante" para o país.
O secretário executivo do Instituto Nacional de Promoção Turística da Argentina (Inprotur), Ricardo Sosa, também está otimista. "De janeiro a setembro deste ano recebemos 5,3 milhões de turistas, o que equivale a 96% do movimento de antes da pandemia (em 2019) nesse mesmo período".
"A Argentina é um dos dois países da América Latina com uma recuperação mais rápida das receitas turísticas em comparação com os anos anteriores à pandemia, juntamente com a Colômbia", acrescenta Sosa durante esta feira de três dias, que termina nesta quarta-feira (8).
"O Reino Unido está entre as cinco principais fontes de turismo na Argentina vindas da Europa. Tradicionalmente, enviava 100 mil turistas por ano e, neste processo de recuperação, já estamos na casa dos 70 mil turistas ingleses que chegam", acrescenta, referindo-se aos números de janeiro a setembro de 2023.
Turismo britânico
Cristóbal Benítez, diretor nacional do Serviço de Turismo Natural do Chile, também deseja ter os números pré-pandemia em breve.
"Queremos recuperar os números anteriores à pandemia. Do total de visitantes em 2019 temos 27% menos até hoje, em 2023. Mas se compararmos com 2022, temos um crescimento no mercado europeu de 141%. Definimos para o próximo ano recuperaremos os números anteriores", destaca.
"Antes da pandemia, entre os europeus, os britânicos eram os que mais gastavam despesas diárias no Chile. Com uma estadia média de 14,5 dias e quase 93 dólares por dia", acrescenta.
O argentino Ricardo Sosa corrobora a importância do turista britânico.
Embora os países americanos sejam os que mais atraem visitantes pela proximidade, o mercado europeu é importante, e isso é destacado também pelo secretário de Turismo do Governo do México, Miguel Torruco.
"Nosso primeiro cliente são os Estados Unidos, seguidos pelo Canadá, Colômbia. O Reino Unido ficou, com quase 600 mil turistas, em quarto lugar. Na Europa, depois dele estão Espanha e Alemanha", afirma.
"Em chegadas, como um todo, o mercado europeu é maior que o mercado dos Estados Unidos", resume o chileno Cristóbal Benítez.