Direito concedido

Palestinos ocupam novo lugar na Assembleia Geral da ONU

Em maio, uma esmagadora maioria da Assembleia Geral decidiu que os palestinos mereciam ser membros de pleno direito da ONU

Palestinos em meio aos danos dos ataques isralensesPalestinos em meio aos danos dos ataques isralenses - Foto: Bashar Taleb/AFP

Os palestinos ocuparam nesta terça-feira (10) seu novo lugar na Assembleia Geral das Nações Unidas, desta vez por ordem alfabética como Estado, um dos novos direitos concedidos à delegação que não é membro pleno da organização.

Em maio, uma esmagadora maioria da Assembleia Geral decidiu que os palestinos mereciam ser membros de pleno direito da ONU, concedendo-lhes alguns direitos adicionais na falta de uma adesão real, bloqueada pelos Estados Unidos.

A resolução, que exclui o direito de votar e de ser membro do Conselho de Segurança, estabelece que a partir da 78ª sessão da Assembleia, que começou nesta terça-feira, os palestinos podem apresentar propostas e emendas diretamente ou sentar-se ao lado dos Estados-membros em ordem alfabética.

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, tomou seu lugar na sala, nesta tarde, em uma cadeira marcada como "Estado da Palestina", entre Sudão e Sri Lanka.

"Não é apenas uma questão de procedimento, é um momento histórico", comentou o embaixador egípcio, Osama Mahmoud Abdelkhalek Mahmoud.

No entanto, assim como quando a resolução foi adotada, Israel criticou esse tipo de "promoção".

"Qualquer decisão ou ação que melhore o status dos palestinos, seja na Assembleia Geral da ONU ou bilateralmente, é uma recompensa (...) para o terrorismo em geral e para os terroristas do Hamas em particular", disse o embaixador adjunto de Israel, Jonathan Miller.

Devido à guerra em Gaza, os palestinos, que possuem a figura de "Estado observador não membro" desde 2012, iniciaram no início de abril seu pedido para se tornarem um Estado-membro de pleno direito.

Para prosperar, a iniciativa requer, antes da votação da Assembleia Geral, uma recomendação positiva do Conselho de Segurança. Porém, os Estados Unidos, que são aliados de Israel, vetaram a recomendação em 18 de abril.

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