Panamá

Panamá alerta para aumento do número de chineses que migram pela selva de Darién

O aumento se deve a "países que têm política de céus abertos", o que permite aos chineses chegar sem visto a eles

Segundo Pino, o número de migrantes por Darién não irá diminuirSegundo Pino, o número de migrantes por Darién não irá diminuir - Foto: Abraham Terana/AFP

O ministro da Segurança do Panamá, Juan Manuel Pino, alertou nesta sexta-feira (12) para o aumento do número de migrantes chineses que atravessam a selva inóspita de Darién a caminho dos Estados Unidos, em meio à migração ilegal por essa rota.

"Chama muito a nossa atenção neste ano que a terceira nacionalidade a passar em maior quantidade por Darién seja chinesa", destacou Pino durante visita a Puerto Obaldía, na comarca indígena de Guna Yala, Caribe panamenho.

Segundo dados oficiais, nos primeiros 11 dias do ano já passaram por Darién, que fica na fronteira entre o Panamá e a Colômbia, mais de 6.100 pessoas, principalmente de Venezuela (2.368), Haiti (1.013) e China (812).

O aumento se deve a "países que têm política de céus abertos", o que permite aos chineses chegar sem visto a eles e, depois, seguir para os Estados Unidos atravessando a selva de Darién, explicou Pino.

No caso da migração chinesa, passou de um trânsito de pouco mais de 900 pessoas há um ano para mais de 10.800 nos últimos 100 dias, segundo dados oficiais. Em 2023, um número recorde de mais de 520 mil pessoas cruzaram a selva panamenha.

Segundo Pino, o número de migrantes por Darién não irá diminuir: "Os problemas aumentaram depois da pandemia."

O chefe da segurança panamenha, que anunciou novos planos para aumentar a vigilância na fronteira, também acredita que a situação da violência ligada ao narcotráfico que o Equador enfrenta pode fazer aumentar a migração desse país para os Estados Unidos por meio do Panamá.

Segundo o Serviço Nacional de Migração do Panamá, mais da metade dos migrantes que fizeram essa travessia em 2023 eram venezuelanos (328.650), seguidos de equatorianos (57.250), haitianos (46.422) e chineses (25.565), de todas as idades. Também havia indianos, vietnamitas, afegãos, nepaleses e cidadãos de países africanos.

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