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Panamá tem recorde de apreensões de drogas e aumento do tráfico para a Europa

Ao todo, foram 138 toneladas de drogas em 2022

Bandeira do PanamáBandeira do Panamá - Foto: Pexels

O Panamá apreendeu um recorde de 138 toneladas de drogas em 2022 e detectou um aumento do narcotráfico para a Europa, que substituiu os Estados Unidos como o principal destino dos entorpecentes, informou o Ministério Público nesta quarta-feira (18).

"Foram 138 toneladas de drogas apreendidas no ano de 2022", informou a promotora antidrogas Marta Barrios em uma coletiva de imprensa.

Segundo a funcionária, deste total, 108 toneladas correspondem a cocaína e 29 a maconha, além de outras pequenas quantidades de substâncias diversas. A província caribenha de Colón foi onde se apreendeu a maior quantidade de drogas - 51 toneladas.

A quantidade de drogas interceptada em 2022 pulverizou o recorde anterior, registrado em 2021, quando as autoridades panamenhas confiscaram 128 toneladas, cocaína na grande maioria.

"O principal mercado [da droga] há alguns anos eram os Estados Unidos, mas isto mudou e o mercado mais importante neste momento é a Europa", afirmou Barrios.

Segundo a promotora, dos portos no Caribe saem, escondidas em contêineres, as substâncias ilícitas para portos europeus, principalmente na Espanha e na Itália.

Barrios também informou que foi detectado um aumento do tráfego de contêineres com drogas de Colômbia, Equador e Peru, diferentemente dos anos anteriores, quando eram carregados em sua maioria em portos panamenhos.

"Agora há uma quantidade de contêineres que vêm de outros países, já contaminados, e só fazem trânsito pelo Panamá", disse ela.

O Panamá é o país de trânsito das drogas procedentes da América do Sul. A Colômbia é o principal produtor de cocaína do mundo.

Em 2021, os países centro-americanos apreenderam pelo menos 248 toneladas de drogas, das quais 200 foram de cocaína e o restante, em sua grande maioria, maconha.

O confisco daquele ano superou em 38% as 180 toneladas que, segundo dados das Nações Unidas, foram apreendidas em 2020.

O Panamá, com 128,7 toneladas, e a Costa Rica, com 70,8 toneladas, encabeçaram as apreensões na América Central em 2021.

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