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Coronavírus

Pandemia do coronavírus deixa mais de 1,3 milhão de mortos no mundo

A Europa aumenta as restrições, já a região da América Latina e Caribe acumula quase 421 mil mortes e quase 12 milhões de infecções

Itália enfrenta uma segunda onda de infecções pelo novo coronavírusItália enfrenta uma segunda onda de infecções pelo novo coronavírus - Foto: Miguel Medina/AFP

Mais de 1,3 milhão de pessoas morreram no mundo pelo novo coronavírus, que não dá trégua nos Estados Unidos, onde a cidade de Nova York se preparava, neste sábado (14), para fechar escolas, enquanto uma Europa "reconfinada" apresenta leve melhora da pandemia.

Pelo menos 1.305.039 mortes, do total de 53,4 milhões de casos do novo coronavírus, foram declarados no mundo, de acordo com uma contagem feita pela AFP neste sábado, com base em fontes oficiais.

Enquanto a Europa aumenta as restrições, a região da América Latina e Caribe, que acumula quase 421 mil mortes e quase 12 milhões de infecções, iniciou recentemente a suspensão progressiva das medidas em alguns países. Entre eles está o Chile, que anunciou a reabertura de sua fronteira para estrangeiros após oito meses de fechamento.

O número de infecções nos demais continentes continua aumentando, exceto na Oceania. Nos Estados Unidos, a situação é mais alarmante: cerca de uma em cada cinco mortes ocorreu neste país, que registra mais óbitos no mundo, com 244.364 mortes em mais de 10,7 milhões de casos de Covid-19.

Nova York, a cidade americana mais afetada durante a primavera boreal (outono no Brasil), o número de testes positivos - que permaneceram por algum tempo perto de 1% - agora aumenta diariamente. Na sexta-feira (13), ultrapassou-se, pela primeira vez, o limite crítico de 3%.

O prefeito Bill de Blasio, que reabriu escolas públicas no final de setembro seguindo um modelo híbrido, pediu aos pais de alunos que "se preparassem" para o fechamento das instituições de ensino na próxima segunda-feira (16).

Sem confinamento no horizonte
O governador de Nova York, André Cuomo, já havia anunciado o fechamento de bares e restaurantes. Com mais de 23 mil mortes registradas na metrópole, segue viva a lembrança dos "caminhões-necrotério" e das barracas erguidas em frente aos hospitais em março e abril passados.

"Teremos que fechar tudo", alertou Michael Mina, epidemiologista de Harvard, na sexta-feira.

"E, se não fecharmos tudo, ou buscarmos alguma outra saída, o feriado do Dia de Ação de Graças vai levar a uma outra explosão em massa de casos", insistiu.

Em sua primeira intervenção pública desde o anúncio de sua derrota eleitoral há uma semana, o presidente Donald Trump descartou firmemente essa possibilidade.

"Aconteça o que acontecer no futuro (...) este governo não vai impor confinamento", declarou o presidente republicano, que ainda não reconheceu sua derrota para o democrata Joe Biden.

Em vez disso, Trump garantiu que a entrega das primeiras doses de uma vacina para as pessoas em situação de risco é "uma questão de semanas".

Esse novo surto de casos de Covid-19 nos Estados Unidos também ameaça o crescimento da maior economia do mundo, que corre o risco de outro revés.

A Covid-19 "ainda determina o curso da economia", considerou em uma análise a economista Diane Swonk, da consultoria Grant Thornton.

- Pacientes tratados em seus carros -
Com 284.000 novos casos diários, a Europa continua a ser a região com a maior progressão, mesmo que os novos casos de contágio pareçam agora terem-se estabilizado (+ 1%).

As restrições continuam a se multiplicar no Velho Continente.

A Grécia, por exemplo, anunciou neste sábado o fechamento de escolas primárias e creches. Em Portugal, que ampliou a janela de horário do toque de recolher em vigor. Atualmente funcionando entre 23h e 5h locais, começará às 13h nos próximos dois finais de semana.

As autoridades de quase todos os países rejeitam a ideia de suavizar as medidas impostas. 

Um dos epicentros da segunda onda na Europa (com 932 mortes nas últimas 24 horas), a França também registra uma desaceleração nas infecções, mas a situação ainda é muito "frágil" para relaxar as restrições em 1º de dezembro, afirma o governo. Os leitos nas unidades de terapia intensiva estão 95% ocupados, e o "pico" desta onda ainda não foi atingido.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse que o governo trabalha em "regras" para o país até a chegada de uma vacina, conforme entrevista concedida neste sábado ao jornal "Le Monde".

As restrições enfrentam rejeição, principalmente no setor de bares e restaurantes, que anunciaram que levarão à Justiça a decisão do governo de fechar seus estabelecimentos durante o reconfinamento. 

Na Itália, onde cerca de metade dos italianos se encontra em confinamento parcial, a situação se agrava.

Na região de Nápoles, declarada "zona vermelha", assim como a Toscana, os hospitais estão sobrecarregados, e pacientes chegam a ser atendidos diretamente em seus veículos, ou em ambulâncias.

Apesar dos sinais de desaceleração do vírus na Alemanha, a chanceler Angela Merkel considerou que a epidemia "nos ocupará durante todo inverno" (verão no Brasil).

Em meio ao otimismo com as notícias promissoras sobre uma vacina contra a Covid-19, a desconfiança da população em relação à imunização pode minar mesmo o produto mais eficaz, alertou o departamento de imunização da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Após o anúncio da Pfizer e da BioNTech sobre o desenvolvimento de uma vacina "90% eficaz", resta saber se os países pobres terão acesso ao produto.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez uma convocação nesse sentido, pedindo que qualquer "avanço científico" beneficie todos os países rapidamente.

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