O papa Francisco fez um apelo às diferentes religiões na Síria a favor da "amizade e respeito recíprocos" e pediu que o "povo sírio possa viver em paz", em uma declaração no final da audiência geral nesta quarta-feira (11) no Vaticano.

Ao citar um "momento delicado da história" da Síria, o papa expressou o desejo de que "o povo sírio possa viver em paz e em segurança em sua terra amada e que as diversas religiões posam caminhar juntas na amizade e respeito recíprocos".

Também pediu "uma solução política que possa promover de maneira responsável a estabilidade e a unidade do país, sem mais conflitos ou divisões".

O presidente sírio Bashar al-Assad, que estava no poder desde 2000, fugiu para a Rússia depois de ser derrubado por uma ofensiva relâmpago pelo grupo islamista Hayat Tahrir al Sham, apoiado por grupos pró-Turquia.

A insurgência tomou a capital Damasco no domingo e na terça-feira nomeou um chefe de Governo interino, Mohamad al Bashir.

A comunidade cristã da Síria apoiou de maneira geral o regime desde o início da guerra civil em 2011. O ex-presidente Assad pertence à comunidade muçulmana alauita, minoritária, e se autoproclamou defensor das minorias religiosas.

Os cristãos sofreram perseguição quando o grupo extremista Estado Islâmico ampliou há dez anos seu controle sobre várias regiões na Síria. A organização jihadista executou sequestros em larga escala e destruiu igrejas, até sua derrota em 2019.

A guerra civil síria provocou 500.000 mortes e obrigou milhões de pessoas a buscar refúgio em outros países.

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