Papa Francisco se recupera com fisioterapia, missa e trabalho
Após 38 dias de hospitalização por uma pneumonia dupla, o jesuíta retornou no domingo (23) para a residência em que vive
O papa Francisco, que no domingo retornou para sua residência no Vaticano depois de passar mais de cinco semanas hospitalizado, se recupera com reabilitação, ao mesmo tempo que trabalha em suas "atividades profissionais" e concelebra a missa, afirmou nesta terça-feira (25) o Vaticano.
Francisco prossegue com o tratamento farmacológico e a fisioterapia, em particular a reabilitação respiratória "para recuperar completamente o uso da respiração e da fala", anunciou o serviço de imprensa do Vaticano, sem especificar quando acontecerá a próxima aparição pública.
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Após 38 dias de hospitalização por uma pneumonia dupla que colocou sua vida em perigo duas vezes, o papa argentino, de 88 anos, retornou no domingo para a Casa de Santa Marta, a residência em que vive.
O papa concelebra a missa na capela que fica no segundo andar do edifício, mas nos últimos dois dias não recebeu visitas "além de seus colaboradores mais próximos", segundo o Vaticano.
O pontífice deve permanecer convalescente por pelo menos dois meses após sua longa hospitalização devido ao problema de saúde mais grave desde sua eleição em 2013. O prognóstico do papa foi considerado "reservado" por vários dias.
Francisco não presidirá na quarta-feira a tradicional audiência geral semanal e o texto de sua catequese será transmitido por escrito, informou o Vaticano, que aponta que ele "provavelmente" também não estará presente na oração do Angelus de domingo.
A primeira aparição pública desde sua hospitalização, em 14 de fevereiro, aconteceu no domingo passado, quando Jorge Mario Bergoglio apareceu debilitado e com a voz frágil saudando a multidão na sacada do hospital.
Nesta terça-feira, o doutor Sergio Alfieri, que coordenou a equipe médica do papa no Hospital Gemelli, revelou que no momento mais crítico considerou a possibilidade de interromper o tratamento.
"Foi terrível, pensávamos verdadeiramente que não conseguiríamos salvá-lo", declarou Alfieri em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera, em referência à crise respiratória com vômitos que o papa sofreu em 28 de fevereiro.
Alfieri explicou também que o papa, que nunca perdeu a lucidez, delegou as decisões a seu assistente médico pessoal, Massimiliano Strappetti, em quem tem total confiança.
Massimiliano Strappetti nos disse "tentem de tudo, não desistam" e "ninguém desistiu", contou Alfieri.