Logo Folha de Pernambuco

CRIME

Papa lamenta morte de ambientalista assassinado em Honduras

O crime provocou uma forte comoção no país centro-americano e reclamações de organismos de direitos humanos do exterior

O Papa FranciscoO Papa Francisco - Foto: Filippo Monteforte / AFP

O papa Francisco lamentou, neste domingo (22), a morte do líder ambientalista hondurenho Juan López, assassinado na semana passada no nordeste de Honduras, e condenou "toda forma de violência".

"Soube com dor de que assassinaram Juan Antonio López em Honduras", declarou o pontífice argentino após a oração dominical dos Angelus na praça de São Pedro do Vaticano.

"Me uno ao luto de [sua] igreja e à condenação de toda forma de violência", acrescentou o papa, que identificou López como "delegado da Palavra de Deus, coordenador da pastoral social da Diocese de Trujillo e membro fundador da pastoral de ecologia integral em Honduras".

O líder ambientalista Juan López, de 46 anos, que estava na reta final em sua luta para fechar uma mina a céu aberto em Honduras, foi assassinado no sábado por matadores de aluguel que dispararam contra ele ao sair de um templo católico, em Tocoa, a 220 km ao nordeste de Tegucigalpa.

O crime provocou uma forte comoção no país centro-americano e reclamações de organismos de direitos humanos do exterior.

"Estou perto de quem vem tendo seus direitos elementares pisoteados e de quem trabalha pelo bem comum em resposta ao clamor dos pobres e da terra", afirmou o papa.

López era um ferrenho opositor à exploração mineira a céu aberto em seu país e denunciou danos na reserva florestal de Botaderos, perto de Tocoa.

O crime evocou o caso caso da reconhecida ambientalista Berta Cáceres, assassinada em 2016 também em Honduras, um dos países mais letais para ativistas ambientais no mundo, segundo a ONG Global Witness.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter