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Papa pede que vacinas contra o coronavírus não sejam reservadas para os mais ricos

Papa FranciscoPapa Francisco - Foto: Handout / VATICAN MEDIA / AFP

O papa Francisco pediu, nesta quarta-feira (19), que as futuras vacinas contra o coronavírus não se destinem primeiro "aos mais ricos", em um momento em que a pandemia não para de aumentar as desigualdades no mundo.

A futura vacina deve se dirigir aos que mais precisam, disse Francisco em sua audiência das quartas-feiras, transmitida ao vivo de sua biblioteca privada no Vaticano, a fim de evitar as concentrações de fiéis na Praça de São Pedro. "Seria triste se a prioridade da vacina da Covid-19 fosse dada aos mais ricos. Seria triste se isso se transformasse na prioridade de uma nação e não fosse destinado a todos", continuou o papa.

"E que escândalo seria se toda a ajuda econômica, grande parte dela procedente dos cofres públicos, fosse usada para salvar as empresas que não contribuem para a inclusão em vez do bem comum e da preservação da Criação", disse. "A pandemia é uma crise e de uma crise não saímos iguais: ou saímos melhores ou saímos piores. Deveríamos sair melhores, para melhorar a injustiça social e a degradação do meio ambiente", acrescentou.

Segundo Francisco, a "pandemia expôs a difícil situação dos pobres e a grande desigualdade que reina no mundo". "O vírus não tem exceções e encontrou grandes desigualdades e discriminações em seu caminho devastador e as fez crescer", lamentou o papa.

Para Francisco, a batalha atual deve ser travada em duas frentes: "Por um lado, é preciso encontrar um remédio para este vírus minúsculo mas terrível que colocou o mundo de joelhos. Por outro, temos que nos curar de um vírus muito grande, o da injustiça social, da desigualdade, da marginalização e da falta de proteção para os mais fracos".

"É preciso mudar o mundo", insistiu, destacando que a economia deve focar nas pessoas, principalmente as mais pobres. Várias vacinas estão em fase de testes atualmente para imunizar as pessoas contra a Covid-19, doença que já matou mais de 774.000 pessoas no mundo desde dezembro.

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