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GUERRA

Para Zelensky, Trump quer encerrar guerra não de maneira rápida, mas eficaz

Apesar das promessas norte-americanas, o presidente ucraniano destacou a necessidade de maior engajamento da Europa no esforço de encerrar a guerra

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky  - Foto: Genya Savilov / AFP

Em discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou manter boas relações com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se comprometeu a fazer "o possível para acabar com guerra contra Rússia neste ano".

Zelensky enfatizou que a intenção de Trump é encerrar o conflito de forma eficaz e com garantias de segurança para a Ucrânia, priorizando resultados sustentáveis, em vez de pressa.

Apesar das promessas norte-americanas, Zelensky destacou a necessidade de maior engajamento da Europa no esforço de encerrar a guerra. "Precisamos de um sistema de defesa europeu unificado. Juntas, as tropas europeias e ucranianas são capazes de combater Putin. Essa guerra não é uma situação que um país pode enfrentar sozinho", declarou.

Ele comparou a Rússia a uma "Coreia do Norte" em termos de isolamento e alertou que o acordo entre russos e iranianos "não puxa diretamente" o Irã para o conflito.

O líder ucraniano também criticou o nível de suporte europeu, apontando que cerca de 40% dos suprimentos de guerra são produzidos na própria Ucrânia, pouco mais de um terço vem dos Estados Unidos, e a menor parte, de países europeus. Por isso, segundo ele, "ainda não está claro se Europa terá participação no fim da guerra da Ucrânia".

Zelensky reforçou a urgência de europeus se posicionarem como um "forte e indispensável player global", apontando atrasos no desenvolvimento de tecnologias como inteligência artificial (IA) e capacidades bélicas.

Ele também pediu que a Europa se estabeleça como um parceiro comercial estratégico dos EUA para serem vistos com bons olhos pelos americanos. "Não podem continuar comprando gás da Rússia e esperar medidas positivas dos EUA", alertou.
 

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