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INFLUENCIADOR DIGITAL

Sintomas de parada cardíaca, causa da morte de Gabriel Freitas, que lutava contra a obesidade

Com 1,95m de altura e quase 400kg, Gabriel sonhava em atingir 100 kg, sem recorrer a cirurgia bariátrica ou medicamentos

Gabriel FreitasGabriel Freitas - Foto: Instagram/reprodução

Gabriel Freitas, o influenciador que morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória na última semana ganhou notoriedade ao documentar sua batalha contra a obesidade. Com 1,95m de altura e quase 400kg, Gabriel praticamente não saía de casa.

Ele chegou a pesar 380 kg e sonhava em atingir 100 kg, sem recorrer a cirurgia bariátrica ou medicamentos.

Essa era sua segunda tentativa de perda de peso. Em 2015, eliminou 206 kg, reduzindo de 320 kg para 114 kg em um ano e meio, graças a uma dieta equilibrada e exercícios.

No entanto, a perda do pai e do irmão fez com que Gabriel recuperasse o peso, ultrapassando novamente a marca de 380 kg.

A confirmação da morte veio através do amigo do influenciador, Ricardo Gouveia.

“Era um irmão para mim, quem é próximo de mim sabe disso. Ele não está mais entre nós, mas que fique registrado aqui que hora nenhuma ele desistiu, ele lutou até o fim, ele foi muito forte e eu tenho muito respeito por ele. Era uma pessoa muito boa e de um coração muito bom”, disse.

Sinais de uma parada cardiorespiratória
Embora ocorra de forma súbita, a parada cardíaca pode na realidade ter sintomas que indiquem o problema até 24 horas antes de ele acontecer.

Em um estudo, pesquisadores do Instituto do Coração Smidt, no Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, mostraram que 50% dos pacientes monitorados apresentaram um sinal no dia anterior à interrupção abrupta do funcionamento do coração.

E que esse sintoma não é igual entre homens e mulheres, por exemplo, para aqueles do sexo masculino, o mais comum foi a dor no peito, para as do sexo feminino, foi a falta de ar.

Esses dois foram os sinais predominantes, mas pequenos subgrupos de ambos os gêneros apresentaram palpitações, atividades semelhantes a convulsões e sintomas parecidos com de gripe 24 horas antes da parada.

Atendimento cardíaco nas emergências são registrados por minuto, em médiaFoto: Canava

Os sinais mais comuns de uma parada cardíaca são perda repentina de consciência, ausência de pulso ou batimento cardíaco, parada respiratória e pele pálida ou azulada.

Entretanto, os sintomas mais comuns de um ataque cardíaco incluem dor no peito ou desconforto, que pode aparecer em outras regiões do corpo, como braços, costas, pescoço, mandíbula ou estômago. Também são frequentes falta de ar, náusea, tontura, palidez e suor.

Parada cardíaca
A parada cardíaca é o resultado de irregularidades no batimento cardíaco, tornando mais difícil para o coração bombear sangue efetivamente pelo corpo.

Essas irregularidades no batimento cardíaco são geralmente devido a mau funcionamento elétrico no coração. Segundo os autores do artigo, existem quatro tipos distintos:

Taquicardia ventricular: um ritmo cardíaco rápido e anormal em que o batimento cardíaco é maior que 100 batimentos por minuto (adulto normal, a frequência cardíaca em repouso é geralmente de 60-90 batimentos por minuto). Essa frequência cardíaca rápida impede que o coração se encha de sangue e, portanto, bombeie adequadamente.

Fibrilação ventricular: em vez de batimentos regulares, o coração treme ou “fibrila”, assemelhando-se a um saco de vermes, resultando em um batimento cardíaco irregular maior que 300 batimentos por minuto.

Atividade elétrica sem pulso: surge quando o músculo cardíaco não consegue gerar força de bombeamento suficiente após estimulação elétrica, resultando em ausência de pulso.

Assistolia: o ritmo cardíaco plano clássico que você vê nos filmes, indicando ausência de atividade elétrica no coração.

Tratamento
Parada cardiorrespiratória tem cura e o tratamento imediato deve ser a ressuscitação do coração ou o aumento dos batimentos cardíacos. Isso pode ser feito por meio da massagem cardíaca ou de um desfibrilador.

Em alguns casos, pode ser recomendado o implante de um marcapasso ou um cardiodesfibrilador implantável, um pequeno aparelho que impede a reincidência da parada cardíaca.

Nos últimos meses, Gabriel enfrentava novos desafios enquanto lutava contra as limitações impostas pela falta de mobilidade e autonomia. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, ele relatava a sensação de estar “algemado a correntes invisíveis” e lamentava o afastamento de amigos. “Fui esquecido e me esqueci”, desabafou em uma publicação.

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