Logo Folha de Pernambuco

Rio de Janeiro

Parada LGBTQIA+ do Rio será em 19 de novembro

Organizadores buscam mobilizar mais patrocinadores para o evento

Presidente do Grupo Arco-Íris, Cláudio NascimentoPresidente do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Parada LGBTQIA+ do Rio de Janeiro, realizada desde 1995 na Praia de Copacabana, foi marcada para 19 de novembro, segundo anúncio oficial divulgado nesta semana pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+, organizador do ato. 

Programação divulgada no ano passado chegou a prever a manifestação deste ano para 24 de setembro, mas a nova data foi anunciada em um comunicado que destaca que os organizadores ainda buscam mobilizar patrocinadores para a realização do evento.

O Grupo Arco-Íris afirma que já está acertado o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual, e acrescenta que ainda busca apoio do setor privado, dos governos estadual e federal.

"Estamos buscando o patrocínio do governo do estado do Rio de Janeiro, através do Programa Rio Sem LGBTIfobia da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, do governo federal e do setor privado para conseguirmos os recursos que permitam a realização da 28ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio e sua programação oficial nos eixos da saúde, cultura e cidadania, com ações em diversos centros culturais durante o mês de novembro e na orla de Copacabana durante o dia da Parada LGBTI+ Rio", informa o Grupo Arco-Íris.

A parada LGBTQIA+ do Rio é considerada a primeira do país e chega neste ano à 28ª edição. No ano passado, a manifestação foi realizada em 27 de novembro e contou com dez trios elétricos. Além da liberdade para pessoas de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, o protesto também contou com alas temáticas sobre a preservação da Amazônia e do meio ambiente, além de homenagem às vítimas da covid-19.

Presidente do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento destaca que a parada do Rio de Janeiro serviu de inspiração para outros atos pelo país e tem forte  impacto econômico. "É o terceiro maior evento do estado do Rio de Janeiro em matéria de turismo, e, em número de pessoas, o segundo maior evento LGBT do país. A parada mobiliza uma estrutura bem grande", diz Nascimento, ao explicar o porquê do adiamento de setembro para novembro. "Para terminar alguns diálogos que viemos fazendo com o governo do estado, o governo federal e o setor privado, achamos mais adequado transferir, para garantir a estrutura para o evento, que leva 1,2 milhão de pessoas a Copacabana." 

Nascimento argumenta que é preciso avançar no entendimento de que a Parada LGBTQIA+ do Rio de Janeiro tem importância econômica e social. Ele compara que, em São Paulo, mesmo com divergências, governo do estado e prefeitura considera, a parada estratégica para a cidade.

"A gente ainda não tem a contrapartida adequada para o tamanho do evento. É necessário avançar mais", afirma ele, que também chama o setor privado a colaborar com a comunidade para além das ações no mês do orgulho LGBTQIA+. "A gente quer que as empresas, além de se posicionarem, invistam de verdade nos eventos, para que a gente possa contribuir para avançar a cidadania da comunidade. Posicionamento é importante, mas é preciso investimento."

Veja também

EUA condena homem por planejar matar agentes que investigaram seu papel no ataque ao Capitólio

EUA condena homem por planejar matar agentes que investigaram seu papel no ataque ao Capitólio

Caso Gisely Kelly: julgamento de empresário réu por matar ex-companheira é adiado pela Justiça
adiado

Caso Gisely Kelly: julgamento de empresário réu por matar ex-companheira é adiado pela Justiça

Newsletter