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Paraguai aguarda redução da onda de infecções no Brasil para reabrir fronteira

'Situação no Brasil é caótica', para as autoridades sanitárias paraguaias

País vizinho teme infecções causadas pelo BrasilPaís vizinho teme infecções causadas pelo Brasil - Foto: Norberto Duarte/AFP

O Paraguai continuará esperando uma redução da onda de infecções pelo novo coronavírus no Brasil para reabrir sua fronteira, apesar da forte pressão dos comerciantes, que registram um prejuízo milionário, anunciou uma autoridade sanitária nesta sexta-feira.

"A situação no Brasil é caótica. Estamos firmes nisso. Iremos esperar que a onda passe no Brasil para começar a falar em reabertura da fronteira", disse Guillermo Sequera, médico responsável pela Direção de Vigilância da Saúde.

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"Depende muito do que Foz do Iguaçu fizer", indicou Sequera. "Nós nos cuidamos em relação a São Paulo e Rio de Janeiro e eles (de Foz) não interromperam sua mobilidade (com estas duas cidades). Se continuam abertos, a recomendação é não abrir a fronteira", assinalou.

O Brasil superou na sexta-feira (5) 35 mil mortos pela pandemia de Covid-19 e, em 24 horas, registrou mais de 1 mil mortes, enquanto o número de infectados chegou a 645 mil. O Paraguai soma 1.087 casos e 11 mortos.

"Se Foz se blindar e quiser trabalhar diretamente com Ciudad del Este, pode-se pensar em uma reabertura, mas entendo que o negócio fronteiriço não será depois com Foz, e sim com São Paulo", comentou Sequera.

O Brasil "é como estar ao lado de uma bomba-relógio. Também há muitos casos na Bolívia. No momento, estamos como em uma bolha, protegidos por alguma coisa. As medidas (do protocolo sanitário) continuam funcionando por sorte", assinalou o infectologista Eugenio Báez ao jornal "ABC".

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