Paraguai segura impostos para criar 100 mil empregos na fronteira com o Brasil
Segundo presidente, Santiago Peña, país tem estabilidade macroeconômica e tributária. Foco está na criação de postos na indústria fronteiriça
O presidente do Paraguai, Santiago Peña, anunciou que segurará os impostos ao longo de seus cinco anos de mandato e que vai apostar na "indústria do emprego" como forma de fomento à economia. O objetivo é gerar 100 mil novos postos de trabalho próximos à fronteira com o Brasil, segundo Peña. A fala foi feita durante a inauguração da 7ª edição da Maquila Expo, em Ciudad del Este.
Leia também
• Colômbia, Peru, Equador e Chile não cumprem obrigações humanitárias com venezuelanos
• Líder nas pesquisas republicanas para eleição, Trump distribui pizza em pub do 1º estado a vota
• Incerteza prevalece a um mês da eleição argentina, em meio a subsídios e motosserra
O presidente destacou que "não está interessado" em ampliar a arrecadação de impostos, considerando que o Paraguai não só tem estabilidade macroeconômica, mas também estabilidade tributária. Por isso, os impostos não subirão dentro de cinco anos, disse ele, sob aplausos do setor empresarial presente na cerimônia de abertura da exposição.
Nesse sentido, o foco do novo governo está na criação de emprego. Esta, na sua visão, é a melhor solução na área social que um país pode ter:
— De todas as indústrias que quero desenvolver, há uma em particular e é a indústria do emprego, gerando uma revolução onde o nosso único objetivo é gerar emprego — acrescentou Peña.
Ele destacou ainda a importância das "maquiladoras", empresas localizadas em regiões fronteiriças com o Brasil, possuem um "enorme potencial". As maquiladoras são indústrias instaladas em Ciudad del Este e criadas para exportar produtos paraguaios para o Mercosul - em sua maioria para o Brasil, por meio de um sistema que concede incentivos fiscais.
Potencial gerador de empregos
A presidente da Câmara de Empresas Maquiladoras do Paraguai, Karina Daher, também destacou o potencial do setor como geração de empregos. Segundo Karina, a atividade gera atualmente 25 mil empregos diretos e um total de 60 mil indiretos.
Em 2022, a indústria maquiladora alcançou recorde de US$ 1 bilhão em exportações e representa hoje 10,4% do total das exportações do país.