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Paramilitares são acusados de causar a morte de 120 civis em dois dias no Sudão

O País africano está atolado em uma sangrenta guerra civil desde abril de 2023

Soldados do exército sudanês patrulham uma área em Cartum Norte em 3 de novembro de 2024Soldados do exército sudanês patrulham uma área em Cartum Norte em 3 de novembro de 2024 - Foto: Amaury Falt-Brown / AFP

O Ministério das Relações Exteriores do Sudão acusou, nesta sexta-feira (8), os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR) de terem causado a morte de 120 civis em dois dias no estado de Gezira.

O Sudão está atolado em uma sangrenta guerra civil desde abril de 2023, entre o Exército regular, liderado pelo general Abdel Fatah al Burhan, o líder de fato do país, e os paramilitares das FAR do seu antigo adjunto, o general Mohamed Hamdan Daglo.

"A milícia Janjawid cometeu um novo massacre na cidade de Al Hilaliya, no estado de Gezira, deixando até agora 120 mártires, mortos por tiros, intoxicação alimentar ou pela falta de cuidados médicos que afeta centenas de civis", afirmou o ministério em um comunicado.

O sindicato dos médicos sudaneses informou que "depois de saquear e roubar todos os bens dos moradores em Hilaliya, a milícia deteve pessoas dentro das mesquitas, permitindo-lhes sair apenas após pagarem grandes quantias de dinheiro, que são impossíveis de cobrir após esses extensos saques e roubos".

Testemunhas afirmam que as FAR impuseram um cerco de duas semanas à cidade, impedindo a saída dos moradores.

As FAR intensificaram recentemente os ataques contra civis no estado de Gezira depois de um dos seus principais comandantes ter desertado para o Exército regular.

O conflito matou dezenas de milhares de pessoas e deslocou mais de 11 milhões, segundo a Organização Internacional para as Migrações.

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