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Paraná decreta emergência zoosanitária por 180 dias, após casos de gripe aviária

Medida tem objetivo de agilizar atendimento de casos suspeitos e combater a doença. Vírus foi detectado pela primeira vez no Brasil em maio

São sete casos em aves silvestres migratórias no litoral do estadoSão sete casos em aves silvestres migratórias no litoral do estado - Foto: Wikimedia/Cesar Augusto Chirosa

O Paraná decretou, nesta semana, emergência zoosanitária em todo o estado pelo prazo de 180 dias após detecção de gripe aviária. Ao todo, são sete casos em aves silvestres migratórias no litoral do estado.

Segundo o governo do Paraná, todos os casos já foram declarados encerrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A medida, de acordo com comunicado, busca agilizar atendimento de casos suspeitos e facilitar o acesso a recursos para combater a doença.

— É importante deixar claro que essa é uma medida protetiva. Com esse decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, livrando-nos de algumas barreiras burocráticas caso se detecte a gripe aviária — disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A decisão, que teve aprovação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), é uma forma de alinhar as ações com o Mapa. Em maio, a pasta já havia decretado estado de emergência zoosanitária, após a descoberta de novos casos de infecção pelo vírus da influenza aviária.

O Ministério, na ocasião, orientou que decretos semelhantes fossem adotados pelos demais estados. Até agora, segundo comunicado do governo do Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins também já adotaram medidas semelhantes.

Sem registro na produção comercial
Não há, no entanto, registro da doença na produção comercial, o que justifica o status brasileiro de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), segundo informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

— É uma medida cujo objetivo é desburocratizar processos para ganhar maior agilidade nas ações de monitoramento a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. É uma medida de antecipação, basicamente preventiva, com o propósito de dar celeridade às respostas de ação por meio da integração do Ministério com órgãos estaduais, liberação de recursos, entre outros — explicou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Santin acrescenta que os protocolos de segurança são seguido pelos produtores.

— As agroindústrias e produtores do Paraná e de todo o País seguem com os protocolos de biosseguridade em níveis elevados, preservando as unidades produtoras perante a enfermidade.

Evitar contato com animais silvestres
A doença foi detectada pela primeira vez em território brasileiro no dia 15 de maio deste ano em aves silvestres. Como já mostrado pelo GLOBO, a principal medida de prevenção contra a doença é o controle dos animais infectados.

A ABPA esclarece que o contágio de humanos é raro, são menos de 900 registros segundo a Organização Mundial da Saúde em toda a história. Para a população, a recomendação é evitar contato próximo com aves silvestres, que podem transmitir a doença. O consumo de alimentos como carne e ovos de aves é seguro.

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