Logo Folha de Pernambuco

Venezuela

Parentes de vítimas de acidente aéreo na Venezuela em 2005 recorrerão à corte europeia

De acordo com as partes civis, a Direção-Geral de Aviação Civil (DGAC) não deveria ter concedido direitos de tráfego à empresa

VenezuelaVenezuela - Foto: Pexels/Reprodução

Os parentes das vítimas do acidente aéreo na Venezuela que deixou 160 mortos em 2005 em um voo do Panamá para a ilha francesa da Martinica anunciaram nesta quarta-feira (26) que recorrerão à Justiça europeia de uma decisão que exime o Estado francês de qualquer tipo de responsabilidade.

Em 16 de agosto de 2005, uma aeronave MD82 da West Caribbean Airways, da Colômbia, em um voo entre o Panamá e Fort-de-France, caiu no estado venezuelano de Zulia, no leste do país.

Todas as 160 pessoas a bordo - 152 franceses da Martinica e oito tripulantes colombianos - morreram.

"Desde o início, garantimos às famílias que recorreríamos ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos [TEDH]. É isso que faremos", disse à AFP Rose-Marie Taupin Pélican, presidente da Associação das Vítimas do Desastre Aéreo (AVCA) de 16 de agosto de 2005, que representa os parentes dos mortos.

A Corte de Cassação (tribunal de última instância na França) declarou na terça-feira que a decisão de 26 de abril de 2023 do tribunal de apelação de Fort-de-France, que manteve a decisão em 2015, estava de acordo com a lei.

De acordo com o tribunal, a câmara de investigação não errou ao recusar o comparecimento de um especialista em aeronáutica aposentado, convocado pelas partes civis como testemunha, durante a audiência do tribunal de apelação em novembro de 2022.

De acordo com as partes civis, a Direção-Geral de Aviação Civil (DGAC) não deveria ter concedido direitos de tráfego à empresa colombiana.

"O primeiro responsável por esse acidente é o Estado francês por meio da DGAC", enfatizou Taupin Pélican.

"Nossa única chance de sair do sistema atual é recorrer ao Tribunal Europeu", insistiu Alex Ursulet, um dos advogados das partes civis.

As famílias das vítimas têm seis meses para apresentar sua apelação à corte pan-europeia, que é composta por 46 juízes (um magistrado de cada país membro do Conselho da Europa).

Veja também

Justiça decreta prisão de 2º suspeito de participar da morte de delator do PCC
FORÇA-TAREFA

Justiça decreta prisão de 2º suspeito de participar da morte de delator do PCC

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento
COP29

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento

Newsletter