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Parlamento Europeu condena 'usurpação da presidência' na Venezuela

O texto foi aprovado por 374 votos a favor, 53 contra e 163 abstenções

Roberta Metsola, presidente do parlamento europeu Roberta Metsola, presidente do parlamento europeu  - Foto: Frederick Florin/AFP

Em uma resolução não vinculativa, o Parlamento Europeu condenou, nesta quinta-feira (23), a "usurpação da presidência" na Venezuela por Nicolás Maduro e disse que o gesto constitui uma "tentativa ilegal de permanecer no poder pela força".

De acordo com os eurodeputados, a UE e seus países-membros têm o "dever moral" de se alinhar à oposição a Maduro.

O documento "insta a UE e seus Estados-membros e todos os atores democráticos regionais e internacionais a apoiarem incondicionalmente, como um dever moral, as forças democráticas na Venezuela".

O texto foi aprovado por 374 votos a favor, 53 contra e 163 abstenções.

Na resolução, os eurodeputados observaram que o Poder Legislativo da UE "reconheceu Edmundo González Urrutia como o legítimo vencedor das eleições presidenciais" realizadas na Venezuela em 28 de julho de 2024.

"Maduro não tem legitimidade democrática, portanto não é reconhecido pelo Parlamento", diz o documento.

Após as eleições, González Urrutia exilou-se na Espanha. Em 10 de janeiro, Maduro foi formalmente empossado como presidente da Venezuela.

Na resolução desta quinta-feira, os eurodeputados exigiram que o governo venezuelano "revogue a ordem de prisão injustificada emitida contra o presidente eleito González Urrutia".

"No dilema entre democracia e ditadura, não há espaço para ambiguidades ou compromissos intermediários", observaram os legisladores europeus em sua resolução.

Em 10 de outubro, em uma declaração em nome dos 27 países da UE, a chefe da diplomacia do bloco, Kaja Kallas, disse que Maduro "não tem a legitimidade de um presidente eleito democraticamente".

"Milhões de venezuelanos votaram a favor da mudança democrática, apoiando González Urrutia por uma maioria significativa, de acordo com cópias públicas de registros eleitorais", disse Kallas na nota.

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