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Eleições

Parlamento Europeu: Macron convoca eleições legislativas após vitória da extrema direita francesa

Presidente disse que "não foi um bom resultado para os partidos que defendem a Europa"; votação está prevista para 30 de junho

Presidente Emmanuel Macron, da França, falou sobre o dia nesta quarta-feira (05)Presidente Emmanuel Macron, da França, falou sobre o dia nesta quarta-feira (05) - Foto: Ronny Hartmann/AFP

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições legislativas para o fim de junho após a vitória da extrema direita na votação que escolheu a nova formação do Parlamento Europeu, neste domingo.

Para Macron, cuja coalizão partidária ficou em segundo no país, esse "não foi um bom resultado para os partidos que defendem a Europa".

Conforme os primeiros resultados começaram a ser anunciados, e a Reunião Nacional confirmou o que as pesquisas apontavam há semanas, Macron foi à TV comentar os números, e destacou que não podia observar o movimento político em seu país "como se nada tivesse acontecido", uma deixa para o anúncio da dissolução do Parlamento e a convocação de eleições.

— Os partidos de extrema-direita, que, nos últimos anos, se opuseram a tantos progressos tornados possíveis pela nossa Europa, (…) estão progredindo em todo o continente — disse o presidente francês. — Não poderei, portanto, no final deste dia, agir como se nada tivesse acontecido.

A esta situação soma-se uma febre que tem tomado conta do debate público e parlamentar no nosso país nos últimos anos. É por isso que, depois de ter realizado as consultas previstas no artigo 12.º da nossa Constituição, decidi lhes dar novamente a escolha do nosso futuro parlamentar através da votação.

Segundo Macron, o primeiro turno está marcado para o dia 30 de junho, e nas disputas em que um segundo turno for necessário, ele ocorrerá no dia 7 de julho.

Ao final da mensagem, o líder francês deixou transparecer o tom que deve ser o da campanha de seus candidatos e aliados.

— A ascensão dos nacionalistas, dos demagogos, é um perigo para a nossa nação, mas também para a nossa Europa, para o lugar da França na Europa e no mundo — disse Macron, reafirmando ter "confiança na nossa democracia". — Ouvi a sua mensagem, as suas preocupações e não as deixarei sem resposta.

De acordo com os primeiros resultados, a Reunião Nacional, sigla de extrema direita liderada por Jordan Bardella e Marine Le Pen, recebeu 31.5% dos votos, o que deve corresponder a 30 assentos no Parlamento Europeu.

O grupo supranacional Renovar a Europa, que inclui o partido de Macron, o Renascimento, ficou em segundo, com 15,2% dos votos, ou 14 cadeiras. Os Socialistas e Democratas, a principal coalizão supranacional de centro-esquerda, ficou em terceiro, com 14% dos votos e 13 assentos no Parlamento, apontam as projeções.

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