Participante da invasão do Capitólio dos EUA se declara culpado em acordo com a Justiça
Acusado tornou-se o segundo participante do incidente a chegar a um acordo com os promotores
Um americano acusado de participar da invasão do Capitólio, a sede do Congresso, se confessou culpado perante um juiz de Washington, nesta quarta-feira (2), tornando-se o segundo participante do incidente a chegar a um acordo com os promotores.
Junto com centenas de apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump, Paul Hodgkins, de 38 anos, invadiu o Capitólio em 6 de janeiro, quando legisladores estavam certificando a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial.
Nas fotos anexadas ao caso, este homem de cabelos compridos é visto na Câmara do Senado com o que parece ser uma máscara de ski no pescoço e uma grande bandeira de campanha com o nome do magnata republicano.
Preso em 16 de fevereiro após investigações de inteligência, o réu teve que enfrentar cinco acusações.
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"Aceitarei a oferta dos promotores e me declararei culpado da acusação número um", disse ele na quarta-feira em uma audiência em um tribunal federal em Washington.
Esta acusação é "obstrução aos procedimentos oficiais" e é punível com até 20 anos de prisão. A sentença será definida em 19 de julho.
O juiz explicou que, dependendo do nível da sentença e na ausência de antecedentes, ele provavelmente seria sujeito a uma pena de 15 a 21 meses de prisão.
Em troca de sua admissão de culpa, as acusações restantes serão retiradas e não terá que enfrentar um julgamento por júri.
Há um mês, outro participante da invasão, Jon Schaffer, também concordou em se declarar culpado e cooperar com os investigadores contra o pequeno grupo de direita Oath Keepers, do qual era membro fundador, em troca de uma pena mais leve.
Mas eles são os únicos, entre mais de 400 acusados, que chegaram a acordos quase cinco meses depois da violência que abalou a democracia americana.