Partido Comunista da Venezuela denuncia 'assalto' a sua organização após intervenção
O PCV considera que a Justiça cometeu um "erro indesculpável de direito"
O Partido Comunista da Venezuela (PCV), opositor ao presidente Nicolás Maduro, denunciou neste sábado (12) um "assalto" à sua organização, ao rejeitar a medida judicial que nomeia uma nova direção, uma resolução que "revela a natureza autoritária e antidemocrática" do governo.
A sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) é parecida com outros vereditos emitidos por essa corte em 2020, quando também ordenou a intervenção de vários dos principais partidos de oposição.
A nova diretoria do Partido será presidida por Henry Parra, um líder que, em julho passado, apresentou um recurso contra a diretoria comunista, alegando que excluía as bases da organização, de acordo com a decisão.
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O PCV considera que a Justiça cometeu um "erro indesculpável de direito" e afirma que aqueles que promoveram o recurso não fazem parte de sua organização.
O Partido Comunista da Venezuela foi aliado do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013), mas rompeu com Maduro, quando o atual presidente começou a flexibilizar os controles rígidos para tentar reativar a economia abalada da Venezuela.
A organização política também questiona a perda de poder aquisitivo, devido à inflação e à depreciação da moeda local, quando o salário mínimo equivale a menos de 5 dólares, complementado por diversos bônus estatais.
Em julho de 2020, o TSJ suspendeu a diretoria do Voluntad Popular, o partido dos opositores exilados Leopoldo López e Juan Guaidó.
E, em junho do mesmo ano, essa mesma corte tomou medidas semelhantes contra outros dois dos maiores partidos de oposição: Acción Democrática e Primero Justicia. À época, Guaidó o TSJ como "braço judicial" do governo de Maduro