Partido de extrema direita alemão AfD afasta líder da delegação de eurodeputados
Maximilian Krah poderá tomar posse de seu cargo no Parlamento Europeu, mas não sob a sigla alemã
O partido de extrema direita AfD (sigla em alemão para Alternativa para a Alemanha), segundo lugar nas eleições europeias na Alemanha, afastou seu líder, Maximilian Krah, de sua delegação no Parlamento Europeu devido a uma série de escândalos, informou a legenda nesta segunda-feira.
Porém, como foi eleito nas eleições de domingo, Krah "poderá naturalmente tomar posse de seu cargo no Parlamento Europeu", mas não sob a sigla AfD, disse um porta-voz à AFP.
Leia também
• Separatistas mantêm presidência do Parlamento regional catalão
• Chipre elege youtuber de 24 anos para o Parlamento Europeu
• Avanço da extrema-direita: entenda o resultado das eleições para o Parlamento Europeu em 5 pontos
Krah, um advogado de 47 anos, já tinha sido afastado no final da campanha eleitoral depois de ter considerado que nem todos os membros da unidade SS de elite dos nazistas eram criminosos.
Após as declarações, ele foi proibido de celebrar comícios eleitorais e vetado dos órgãos dirigentes.
O eurodeputado e candidato à reeleição também é visto como um político simpático à China e à Rússia. Um dos seus assessores no Parlamento, Jian Guo, foi preso no final de abril por suspeita de espionagem para Pequim.
A AfD obteve seu maior resultado histórico nas eleições europeias, com 15,9% dos votos, o segundo lugar atrás dos conservadores da CDU/CSU, de acordo com resultados oficiais divulgados nesta segunda-feira, ainda não definitivos.
Ficou à frente dos social-democratas do SPD, dos Verdes e dos liberais, os três partidos da coligação governamental alemã, e poderá ter 15 eurodeputados, que farão parte do grupo Identidade e Democracia (ID).