'Páscoa não foi cancelada', diz rainha Elizabeth em segundo discurso sobre coronavírus
Em discurso televisionado, Rainha da Inglaterra também defendeu o lockdown
A rainha do Reino Unido, Elizabeth 2ª, disse neste sábado (11) que o coronavírus "não nos derrotará" ao fazer seu segundo pronunciamento ao país em uma semana.
A monarca de 93 anos, que é a chefe simbólica da Igreja da Inglaterra, também afirmou que "a Páscoa não foi cancelada" em seu discurso para marcar o dia feriado cristão.
"Este ano, a Páscoa será diferente para muitos de nós, mas, ao nos manter separados, mantemos os outros em segurança. Mas a Páscoa não foi cancelada; de fato, precisamos da Páscoa mais que nunca", disse.
No domingo passado (5), Elizabeth fez seu quinto discurso televisionado de seu reinado de 68 anos para dizer que, se os britânicos se mantivessem resolutos diante do lockdown e autoisolamento, eles venceriam a pandemia da Covid-19.
"A descoberta de Cristo ressuscitado no primeiro dia de Páscoa deu a seus seguidores uma nova esperança e um novo propósito, e todos podemos nos inspirar com isso", disse ela na gravação de áudio divulgada numa rede social.
"Sabemos que o coronavírus não vai nos derrotar. Por mais sombria que a morte possa ser –especialmente para aqueles que estão de luto– a luz e a vida são maiores. Que a chama viva da esperança da páscoa seja um guia constante para o futuro".
Sua mensagem chega quando o número de mortos no Reino Unido se aproxima de 10 mil, com mais 917 mortes registrada pelas autoridades de saúde no sábado.
Normalmente, a rainha se junta a outros membros da família real e participa de um culto de Páscoa no tradicional no Castelo de Windsor, onde ela está hospedada com o marido, o príncipe Philip, de 98 anos.
No entanto, o culto não será realizado este ano por causa da proibição de reuniões sociais, que inclui cerimônias religiosas.
"Desejo a todos de todas as religiões e denominações uma Páscoa abençoada", disse a rainha.
Acompanhe a cobertura em tempo real da pandemia de coronavírus
Leia também:
Jogo da Champions pode ter espalhado coronavírus a milhares na Itália