Passageiros do Metrô do Recife passam por caos e transtornos na estação Coqueiral
Problemas de sinalização nas vias fizeram a operação dos veículos ser alterada, provocando empecilhos para usuários
Aglomeração e caos tomaram a estação a Coqueiral nesta segunda-feira (22). O dia foi marcado por transtornos na Linha Centro do Metrô do Recife sofridos por passageiros na volta para casa após mais um dia de falhas na operação do transporte. Desde o período da manhã, a circulação dos trens foi prejudicada por um problema de sinalização na via.
Os veículos operam utilizando uma via singela, quando usam a mesma para trafegar nos dois sentidos da distância entre as Estações Jaboatão e Floriano. Por conta disso, houve um aumento no intervalo de tempo entre a partida e a chegada dos veículos. Até o fechamento desta reportagem, não havia previsão de normalização.
No final da tarde, horário de pico na cidade do Recife, a estação Coqueiral foi a que mais sofreu pelos efeitos da mudança. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), os usuários do transporte público que tinham como destino Jaboatão tiveram que descer na estação e pegar um novo trem, que atuava de forma pendular, no ramal. O cenário foi de empurrões e aglomerações.
Verônica Leite, voluntária do IBGE , de 55 anos, presenciou idosos e crianças sendo arrastados pela multidão, no momento da chegada dos trens. “Quando chegamos aqui já estava superlotado. As pessoas quase se pisotearam para entrar e sair, quase causaram um acidente. Eu vi uma moça tentando sair de cadeiras de rodas. Estamos vendo o pessoal mais velho sendo socorrido, não estão aguentando”, declarou.
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Os que optaram por retornar utilizando transporte de aplicativo esbarraram em mais um obstáculo. Devido a alta demanda por corridas na região, os preços das viagens aumentaram significativamente dificultando a procura por carros. Porém, para os que decidiram voltar de metrô, se depararam com um veículo operando acima da capacidade.
Rita de Cássia, assistente administrativa, teve dificuldades de voltar para casa e alimentar sua filha. Foto: Paulo Almeida/Folha de Pernambuco“O metrô de Camaragibe veio muito cheio, foi um aperto, um calor e sem ar-condicionado nenhum. Quando chegamos, vimos que ele estava muito lotado, não tinha condições de pegar o trem e decidimos chamar um Uber para casa. Normalmente, eu estaria em casa no máximo 17h40. Já são 19h e ainda estou tentando retornar”, pontuou o estudante Anderson Araújo, de 20 anos.
Rita de Cássia, assistente administrativa e mãe de uma criança de cinco meses, teve dificuldades de retornar para sua casa. “Eu tenho uma filha para amamentar, mas não tenho condições de voltar para casa e enfrentar a multidão. Está lotado, não tem nem espaço para nada. Esse caminho que eu percorro normalmente é o mais fácil, mas desse jeito não dá”.
Via nota oficial, a CBTU ainda não deu uma previsão para que o serviço seja normalizado. “As equipes estão atuando, mas ainda não há previsão de normalidade. Pedimos desculpas pelos transtornos causados e reiteramos nosso compromisso em transportar nossos usuários com segurança e rapidez”.
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