Coronavírus

Pazuello diz que não tem vacina para todos, mas mesmo assim promete imunização geral em 2021

Segundo dados do consórcio dos veículos de imprensa, o Brasil vacinou até o momento 4,4 milhões de pessoas, o equivalente a 2,69%

Ministro PazuelloMinistro Pazuello - Foto: Alan Santos/PR

Em meio a críticas por conta da lentidão na vacinação contra o novo coronavírus e reconhecendo a dificuldade de adquirir doses no exterior, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que espera vacinar toda a população até o fim deste ano.

Em sessão no plenário do Senado nesta quinta-feira (11), o ministro da Saúde disse que sua expectativa vacinar 50% da população até junho e a outra metade até o fim do ano.

Segundo dados do consórcio dos veículos de imprensa, o Brasil vacinou até o momento 4,4 milhões de pessoas, o equivalente a 2,69% da população acima de 18 anos -o país tem 211,7 milhões de pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Nem toda a população, no entanto, é indicada para receber a vacina. Não há estudos, por exemplo, sobre a aplicação dos imunizantes em menores de 18 anos.

Além disso, por falta de doses, a vacinação foi interrompida em cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro nesta semana; Salvador alterou o cronograma também por escassez de imunizantes.

"Vamos vacinar o país em 2021, 50% até junho e 50% até dezembro. Esse é o nosso desafio, o que estamos buscando e o que vamos fazer", afirmou o ministro.

O ministro foi convidado a participar da sessão, em requerimento aprovado pelos senadores na semana passada. Senadores já reuniram assinaturas suficientes para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid.
A decisão final cabe ao presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Antes da sessão, Pacheco afirmou que a fala de Pazuello não seria decisiva para definir a instalação ou não da CPI, mas ressaltou que seria "importante".

Pazuello ressaltou que enfrenta dificuldades para adquirir vacinas no exterior, sendo que os produtores oferecem disponibilidade de doses insuficientes para a realidade brasileira. Por isso sinalizou que a aposta seria a produção nacional.
O ministro da Saúde voltou a atacar as condições da Pfizer, que pediu impôs condições, como o não julgamento em tribunais brasileiros e a imunidade em casos de reações adversas. Pazuello disse que as condições são impraticáveis e "leoninas".

Segundo o ministro, a pasta tem hoje negociações com a Bharat Biotech, que fabrica a vacina Covaxin e com o Instituto Gamaleya, da Rússia, para obter a vacina Sputnik. No primeiro caso, são previstas 20 milhões de doses em 60 dias. No segundo, 10 milhões de doses. Também teve reuniões com Janssen, Moderna e Pfizer.

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