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Peixe com "dentes humanos", descoberto no Rio Amazonas, ganha nome de vilão em Senhor dos Anéis

Listras laranja-amarelados no corpo do peixe podem influenciaram na escolha do nome devido à sua semelhança com as cores do olho de fogo do antagonista de Tolkien

Nova espécie de peixe da Amazônia com nome de vilão de "O Senhor dos Anéis"  Nova espécie de peixe da Amazônia com nome de vilão de "O Senhor dos Anéis"  - Foto: Mark Sabaj/Academy of Natural Sciences

Uma nova espécie de peixe parecido com a piranha foi descoberta no Rio Amazonas, após um período de quase 200 anos em que cientistas acreditaram se tratar de outra espécie quase idêntica. O peixe foi nomeado em homenagem ao lorde das trevas Sauron, da obra de fantasia, "O Senhor dos Anéis".

A espécie recém-identificada, Myloplus sauron , é um pacu — um parente próximo das piranhas que são frequentemente confundidas com o famoso peixe de água doce. Pesquisadores descobriram essa nova espécie enquanto estudavam um animal parecido, que foi descoberto pela primeira vez na Amazônia em 1841.

Além de seus estranhos dentes perolados, a nova espécie possui marcantes marcas laranja e preta, assim como uma barra vertical preta que se estende pela sua lateral.

Essa foi a característica que inspirou o nome, já que os cientistas enxergaram uma semelhança com o símbolo do olho ardente do vilão Sauron da série de livros escritos por J.R.R. Tolkien.

Em um novo estudo, publicado em 10 de junho no periódico Neotropical Ichthyology , cientistas realizaram uma análise genética da população de M. schomburgkii , que revelou que ela era, na verdade, composta por três espécies distintas: M. schomburgkii , M. sauron e M. aylans.

Após examinarem os peixes, os pesquisadores também encontraram diferenças fisiológicas quase imperceptíveis entre as três espécies, incluindo o número de vértebras e raios da nadadeira dorsal, e o formato das nadadeiras anais nas fêmeas.

Pacus e piranhas, ambos da família Serrasalmidae, são frequentemente considerados predadores agressivos e sedentos de sangue. Mas a maioria de ambos os grupos são, na verdade, onívoros e preferem uma dieta baseada principalmente em vegetais.

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