Pelo menos 13 mortos em dois massacres na Colômbia
Os crimes ocorreram nos departamentos de Antioquia (noroeste) e Cauca (sudoeste)
Pelo menos 13 pessoas morreram em dois novos massacres relatados neste domingo (22), por autoridades em diferentes regiões da Colômbia. Cinco delas eram cafeicultores.
Os crimes ocorreram nos departamentos de Antioquia (noroeste) e Cauca (sudoeste), os mais afetados pela onda de massacres que o país vive este ano.
No município de Betania, Antioquia, cinco catadores e outros três trabalhadores foram mortos em um ataque a uma fazenda ocorrido na noite de sábado para domingo.
"Cerca de dez homens fortemente armados (...) entraram em um dos quartos da fazenda La Gabriela” e “atiraram indiscriminadamente” contra as pessoas que ali estavam, disse à AFP Carlos Villada, prefeito do município.
Segundo Villada, os homens procuravam três pessoas que estavam alojadas no quarto desde o dia anterior.
O ataque, que também deixou três feridos, pode ser devido a uma disputa pelas "praças de vício" (zonas de tráfico de drogas) da cidade cafeteria.
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Já em Argelia, Cauca, pelo menos cinco pessoas morreram e mais duas ficaram feridas em três ataques perpetrados na mesma noite por um homem que entrou atirando em um salão de bilhar, um bar e uma discoteca.
A prefeitura expressou em nota a preocupação com a "possível sistematicidade" dos fatos, semelhantes aos ataques de pistoleiros ocorridos recentemente na área contra boates e pessoas em vias públicas.
Guerrilheiros do ELN, dissidentes das FARC, paramilitares e narcotraficantes estão lutando pelas receitas do narcotráfico e da mineração ilegal no problemático departamento de Cauca, bem como por uma rota do narcotráfico que sai do Pacífico para a América Central e os Estados Unidos.
Este ano, a Colômbia é palco de uma das piores sequências de ataques de grupos armados desde a assinatura da paz entre o governo e a então guerrilha das FARC em 2016.
Antioquia e Cauca concentram 30 dos 76 massacres - ou assassinatos de pelo menos três pessoas no mesmo evento - registrados este ano no país pelo observatório independente Indepaz.