Pentágono teme aumento de vítimas civis ucranianas
EUA continua oferecendo assistência militar à Ucrânia
Os Estados Unidos temem um aumento no número de vítimas civis na Ucrânia, em um momento em que os militares russos parecem determinados a bombardear grandes cidades para forçar os ucranianos a se renderem, afirmou um funcionário do alto escalão do Pentágono nesta quarta-feira (2).
"Prevemos um maior uso de artilharia quando se aproximarem dos centros urbanos e tentarem cercá-los", disse o funcionário, que pediu anonimato, a repórteres.
"É típico de um cerco: quando você quer cercar um centro urbano e subjugá-lo, forçá-lo a se render, a artilharia se torna uma arma muito útil", explicou.
Mas, "o que nos preocupa é que, sendo mais agressivos, tornam-se menos precisos e menos seletivos" em seus ataques de artilharia, acrescentou.
Leia também
• Moradores fecham estradas de acesso à maior usina nuclear da Europa, na Ucrânia
• OMS enviará suprimentos médicos para a Ucrânia
• Vídeo mostra momento que míssil russo atinge prédio e quase mata voluntário na Ucrânia
Cerca de 82% da força militar da Rússia enviada há semanas às fronteiras do país está agora comprometida com a Ucrânia, disse o funcionário.
No entanto, não houve "nenhum movimento notável" das forças russas em direção a Kiev ou Kharkov nos últimos dois ou três dias, ainda segundo a fonte, observando que Kherson (sul), onde as forças russas reivindicaram nesta quarta-feira ter "controle total", permanece de fato uma cidade "altamente contestada".
Além disso, os soldados russos ainda não assumiram o controle do espaço aéreo ucraniano e continuam enfrentando problemas logísticos, incluindo falta de combustível e alimentos.
"Eles estão atrasados em relação ao planejado", continuou o funcionário do Pentágono. Mas "eles ainda têm uma enorme força de combate à sua disposição e vão superar suas dificuldades".
Os Estados Unidos continuam a fornecer assistência militar à Ucrânia, cuja última entrega foi feita há menos de 24 horas, observou.