Pequim acusa Biden de contradição no caso do balão chinês
A capital chinesa apresentou o equipamento como uma infraestrutura civil que se desviou de sua trajetória
O governo chinês acusou o presidente americano Joe Biden de "dizer uma coisa e fazer outra", em referência à destruição de um balão chinês por um avião de combate americano nos Estados Unidos.
As relações bilaterais pioraram desde o incidente de 4 de fevereiro. Segundo Washington, tratava-se de um dispositivo de espionagem que vigiava, principalmente, bases militares americanas. Já Pequim apresentou o equipamento como uma infraestrutura civil que se desviou de sua trajetória.
No domingo (19), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse no Twitter que "condenou a incursão", durante uma reunião com seu homólogo chinês, Wang Yi.
Nesta quarta-feira (22), o Ministério das Relações Exteriores da China reagiu fortemente, ao ser abordado pelo canal público chinês CCTV sobre esse tuíte.
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"O presidente Biden ordenou, pessoalmente e sem escrúpulos, o envio de aviões de combate e de mísseis avançados para derrubar um aerostato civil", declarou o porta-voz Wang Wenbin em uma coletiva de imprensa regular.
"É 100% uso cego da força, é 100% reação exagerada, é 100% histérico. Trata-se de uma grave violação das práticas e das convenções internacionais", acrescentou.
"O presidente Biden prometeu, em diversas ocasiões, pública e solenemente, que não está buscando uma nova Guerra Fria e que não tem intenção de entrar em conflito com a China", lembrou o porta-voz.
"Esperamos que, como líder de um grande país, mantenha sua palavra e faça o que diz, em vez de dizer algo e fazer o contrário", completou.