Perigos aumentam em torno das usinas ucranianas, alerta agência nuclear da ONU
Os perigos se multiplicam devido á proximidade dos combates com as tropas russas e aos cortes de eletricidade
Os perigos "se multiplicam" em torno das usinas nucleares ucranianas devido à proximidade dos combates com as tropas russas e aos cortes de eletricidade, alertou, nesta quarta-feira (29), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi.
"Há muitos perigos que se multiplicam e que estarão presentes até o final do conflito", disse o encarregado da agência das Nações Unidas em declarações à imprensa no leste da França, antes de visitar um local onde serão enterrados resíduos radioativos.
A usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, permanece nas mãos da Rússia desde o início da invasão do país vizinho, em 2022.
Leia também
• "Tempestade do século" atinge Rússia, Ucrânia e Moldávia, deixando ao menos 18 mortos
• Ucrânia suspeita que Rússia planejou envenenamento da esposa do chefe de Inteligência
• Otan se compromete a manter apoio militar à Ucrânia
"As ações militares aumentaram e em nossa missão permanente de especialistas que temos em Zaporizhzhia e também em outras centrais ucranianas, vemos uma multiplicação de ataques ao redor", ressaltou Grossi. "Estamos muito preocupados", acrescentou.
O argentino, que chefia a AIEA, também mencionou cortes de energia, que representam "um risco para a função de resfriamento" dos reatores.
A usina de Zaporizhzhia, a maior da Europa, caiu nas mãos do exército russo em 4 de março de 2022. Desde então, sofreu um incêndio e foi cortada da rede elétrica em várias ocasiões, uma situação precária que gera o temor de um acidente nuclear importante.
As partes em conflito trocam acusações de quererem provocar uma catástrofe.
Veja também
Homem de 25 anos acorda momentos antes de ser cremado na Índia
