Pernambuco aguarda liberação do PNI sobre possível ampliação do público para dose de reforço
Até a quarta-feira (6), 42.469 terceiras doses foram aplicadas no Estado, o que corresponde a uma cobertura de 0,55% da população elegível
Para ampliar a vacinação contra a Covid-19 com a dose de reforço para outros públicos, Pernambuco aguarda deliberação do Plano Nacional de Imunização (PNI), responsável por determinar os parâmetros da campanha. A informação foi repassada pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (7).
Atualmente, a terceira dose do imunizante contra o coronavírus está liberada para todos os idosos de 60 anos e profissionais de saúde com mais de seis meses após a segunda dose e também para pessoas com imunidade comprometida com 28 dias ou mais de esquema vacinal completo.
Leia também
• Com quase 500 mil com 2ª dose atrasada em Pernambuco, secretário apela por mobilização
• Casos de Covid-19 em crianças em Pernambuco caíram 82% em quatro meses, diz secretário
• Liberação do uso de máscaras em Pernambuco só será possível com 80% da população vacinada
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) indicam que, até essa quarta-feira (6), 42.469 terceiras doses foram aplicadas no Estado, o que corresponde a uma cobertura de 0,55% da população elegível para a vacinação, aqueles com 12 anos e mais.
“É importante que a gente entenda que as indicações da dose de reforço são muito bem direcionadas no Brasil e no mundo", ponderou o representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no Comitê Técnico Estadual para o Acompanhamento da Vacinação, o pediatra Eduardo Jorge da Fonseca
"Evidentemente, a ciência evolui e poderá ampliar esses grupos, mas a gente repete que é tudo uma questão de custo x efetividade. Quem precisa hoje das doses de reforço são os maiores de 60 anos, os imunossuprimidos e as pessoas que estão expostas aos riscos de contaminação [profissionais de saúde]” acrescentou o médico.
O secretário André Longo ainda ressaltou que a Câmara Técnica do PNI discute essa possível ampliação da dose de reforço para outras populações. “Depende do processo de operacionalização, das publicações das eficácias das diversas vacinas”, frisou o gestor.
Eduardo Jorge classificou como “natural” uma primeira redução da faixa etária de 60 anos para 55 anos. “Isso é um caminho que ainda vai ser trilhado. Em todo o mundo, as indicações são basicamente as mesmas que estamos seguindo aqui no Brasil”, finalizou.