Noronha confirma mais três casos da Covid, e Pernambuco tem 86 novos óbitos
A Administração de Fernando de Noronha anunciou, no fim da tarde desta quinta-feira (9), que foram detectados mais três casos da Covid-19 na ilha. Os pacientes, dois moradores e um servidor, chegaram ao arquipélago no último sábado (4), em um voo que partiu do Recife. Embora tenham apresentado resultado negativo nos exames realizados antes de saírem do continente, eles tiveram positivo o reteste, já em Noronha. Agora, serão enviadas ao Recife amostras de 15 pessoas que tiveram contato com os pacientes confirmados e que passam a ser consideradas casos suspeitos.
Como o servidor infectado permanecerá em recuperação no arquipélago, entra na contagem dos casos registrados em Noronha, que sobem para 76, sendo 42 deles identificados pelo Estudo Epidemiológico que está em curso. Além dos três novos confirmados, outros três moradores contaminados pelo novo coronavírus continuam em isolamento, cumprindo quarentena. Os seis encontram-se assintomáticos.
Moradores de Fernando de Noronha que estavam no continente estão retornando à ilha, de forma gradual, desde o dia 13 de junho. Os voos para Noronha voltaram a ter frequência semanal, mas apenas moradores e trabalhadores de serviços essenciais podem embarcar. Para garantir a volta para casa, é preciso fazer um cadastro na Assistência Social do arquipélago. Até o momento, se cadastraram 496 pessoas.
A administração, junto com o conselho distrital da ilha, organiza os grupos para cada voo de acordo com as prioridades e entra em contato informando a data do retorno de cada um. Também é necessário, antes do embarque, apresentar exame com resultado negativo para Covid-19, realizado na semana da viagem. Na chegada a Noronha, moradores e servidores ficam isolados até que saia o resultado de um segundo exame, realizado na ilha. Os números para os moradores entrarem em contato com a assistência social são: (81) 9 9488-3167, 9 8494-0311, 9 8494-0307, 9 9488-3165, 9 9488-4367 e 9 9488-4367.
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Estado
Em Pernambuco, foram notificados, nesta quinta, 1.163 novos casos da Covid-19, sendo 1.050 (90,3%) casos leves e 113 (9,7%), enquadrados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Agora o Estado soma 68.767 - 20.688 (30%) são graves e 48.079 (70%), leves. Foram adicionados ainda 86 óbitos, subindo para 5.409 o número de pessoas que não resistiram às complicações da doença. Em contrapartida, há 47.996 pessoas recuperadas da doença. Desse total, 10.187 foram pacientes que manifestaram sintomas graves, que demandaram leitos no sistema de saúde, e 37.809 tiveram quadros leves.
Os óbitos notificados nesta quinta pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) são de 45 pacientes do sexo feminino e 41 do sexo masculino. Essas mortes aconteceram entre 21 de abril e 8 de julho e estão distribuídas nos seguintes municípios: Aliança (1), Barra de Guabiraba (1), Belo Jardim (1), Bom Jardim (1), Buíque (1), Cabo de Santo Agostinho (2), Camaragibe (5), Canhotinho (1), Caruaru (5), Catende (1), Escada (1), Igarassu (1), Jaboatão dos Guararapes (12), Jurema (2), Olinda (10), Panelas (3), Paulista (5), Petrolina (3), Primavera (2), Recife (19), Rio Formoso (1), Sanharó (1), Santa Cruz do Capibaribe (3), São Caetano (2), São Lourenço da Mata (1) e Surubim (1).
Os pacientes tinham idades entre 15 e 94 anos - 10 a 19 (1), 20 a 29 (2), 30 a 39 (5), 40 a 49 (8), 50 a 59 (10), 60 a 69 (19), 70 a 79 (21), 80 anos ou mais (20). Das 86 vítimas, 59 apresentavam comorbidades confirmadas: diabetes (26), hipertensão (24), doença cardiovascular (20), doença respiratória (7), doença renal (6), obesidade (6), tabagismo/histórico de tabagismo (6), histórico de AVC/AVE (6), doença de Alzheimer (5), câncer (4), doença pulmonar (3), doença hepática (3), doença neurológica (2), doença vascular (1), etilismo (1), doença hematológica (1), esquistossomose (1), hipertireoidismo (1), desnutrição (1), doença cromossômica (1), dislipidemia (1) e epilepsia (1) - um paciente pode ter mais de uma comorbidade.
Com 15 anos, a mais jovem vítima fatal registrada nesse último boletim morava em São Lourenço da Mata e tinha doença neurológica além de desnutrição. Já outros pacientes que faleceram não possuíam doença pré-existente e os demais estão em investigação pelos municípios.