Candida auris

Pernambuco confirma mais um caso de Candida auris; paciente está internado no Hospital Miguel Arraes

Infectado é um homem de 63 anos

Hospital Miguel Arraes, em PaulistaHospital Miguel Arraes, em Paulista - Foto: Divulgação

Mais um caso de Candida auris foi registrado em Pernambuco, nesta segunda-feira (29). O infectado é um homem de 63 anos que está internado no Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), que, agora, contabiliza quatro casos do superfungo no Estado somente este ano, sendo dois deles no Hospital Miguel Arraes.

O paciente mais recente a ser diagnosticado com a Candida auris deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMA em virtude de problemas ortopédicos. Segundo a SES-PE, ele encontra-se isolado no setor.

Nas últimas semanas, a SES-PE também confirmou outros três casos do superfungo, sendo um paciente de 48 anos, no HMA; um de 77 anos, no Hospital do Tricentenário, em Olinda; e um outro, de 66 anos, em um hospital privado do Recife. 

Este último, segundo a SES-PE, evoluiu bem e recebeu alta da unidade de saúde no último final de semana. Os demais continuam nas respectivas unidades de saúde.

A pasta lembra que eles foram internados devido a outras motivações, não apresentando repercussões clínicas decorrentes do superfungo.

Monitoramento
Na quinta-feira (25), um comitê técnico foi formado para identificar, prevenir e controlar as colonizações e infecções por Candida auris nos serviços de saúde de Pernambuco.

O comitê é formado por membros das secretarias executivas de Vigilância em Saúde e Atenção Primária (SEVSAP), de Atenção à Saúde (SEAS), de Regulação em Saúde, além do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (CIEVS-PE), da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE) e especialistas da área da infectologia.

Sobre o superfungo
Nunca foi identificada nenhuma infecção por Candida auris fora do ambiente hospitalar. A espécie pode sobreviver por meses em superfícies, mas a sua transmissão só se dá pelo contato direto com pessoas infectadas ou com objetos. 

A espécie cria uma camada protetora, chamada de "biofilme", que a torna resistente ao fluconazol, à anfotericina B e ao equinocandinao, três dos principais compostos antifúngicos. Não se sabe, ao certo, as áreas afetadas pelo C.Auris. Há registros de ocorrências nas áreas do ouvido, sistema respiratório, bexiga, entre outros.

Entre os principais sintomas da infecção pelo superfungo C.Auris, estão febre, tontura, alteração da pressão arterial, dificuldade para respirar e aceleração do ritmo cardíaco.

Surto no Hospital da Restauração
Um paciente de 38 anos que foi atendido na emergência de traumatologia do Hospital da Restauração, na área central do Recife, no dia 21 de novembro de 2021, teve exame confirmado para Candida auris em janeiro de 2022. O paciente evoluiu para a cura, e a alta médica aconteceu no dia 30 de dezembro daquele ano. 

“Frisa-se que o atendimento no HR foi por outra causa, e que o homem estava colonizado pelo fungo. Ou seja, foi feita a identificação da suspeita do micro-organismo por meio de um exame de rotina no hospital. Contudo, não havia infecção provocada por ele", informou a Secretaria de Saúde de Pernambuco à época.

Ainda em janeiro de 2022, uma mulher de 70 anos também foi diagnosticada com o superfungo. Ela foi internada com problemas neurológicos no Hospital da Restauração no dia 24 de novembro de 2021 e faleceu no início de 2022  “por problemas provocados pelo seu diagnóstico de entrada na unidade hospitalar. Ela estava colonizada pelo micro-organismo, mas não apresentou a infecção por ele”, afirmou a SES naquele momento.

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