Pernambuco define estratégia para quarta dose em idosos com 80 anos e mais nesta sexta (25)
Segundo o Ministério da Saúde, o intervalo mínimo para aplicação será de quatro meses a partir da dose de reforço
Após o Ministério da Saúde recomendar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em idosos a partir dos 80 anos, Pernambuco promove reunião, nesta sexta-feira (25), para debater o tema.
A definição da estratégia será discutida entre membros do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e representantes municipais, por meio da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Segundo o Ministério da Saúde, o intervalo mínimo para aplicação será de quatro meses a partir da dose de reforço. O imunizante usado será o da Pfizer, de preferência, mas vacinas de vetor viral poderão ser aplicadas - são os casos de AstraZeneca e Janssen.
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Atualmente, a quarta dose é aplicada em Pernambuco em imunossuprimidos graves a partir dos 12 anos de idade. No Estado, essa população é estimada em 58.150 pessoas. Até agora, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a cobertura de quarta dose alcançou 18.458 pessoas, o que equivale a 31,74%.
Alguns países, como Israel, Chile e França, já adotaram a quarta dose. No Brasil, São Paulo e Mato Grosso Sul aplicam a segunda dose de reforço. No primeiro estado, para quem tem mais de 70 anos; no segundo, em que tem pelo menos 60 e os profissionais de saúde.
Em relação às demais faixas etárias, o Ministério da Saúde alegou que "acompanha a necessidade da aplicação da segunda dose de reforço [...] as recomendações podem ser revistas a qualquer momento".
Estudos do ministério debatidos pela Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI) reforçam a necessidade da aplicação da quarta dose diante da atual situação epidemiológica do Brasil, bem como pela redução da efetividade das vacinas contra a Covid-19, principalmente entre as faixas etárias mais avançadas.
As pesquisas indicam a diminuição da efetividade das vacinas em idosos a partir de três a quatro meses depois da aplicação, o que pode ser explicado também pelo envelhecimento natural do sistema imunológico, o que exige uma estratégia diferenciada para a proteção desse grupo.
Quem são os imunossuprimidos?
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) considera como imunossuprimidos todas as pessoas com imunodeficiência primária grave, em quimioterapia para câncer ou transplantados (de órgão sólido ou de células tronco), que fazem uso de drogas imunossupressoras, além de pessoas vivendo com HIV/Aids.
Também fazem parte do grupo pessoas que usam corticoides em doses iguais ou maiores que 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 dias ou mais, bem como quem usa drogas modificadoras da resposta imune , quem faz hemodiálise e quem tem doenças imunomediadas inflamatórias crônicas e doenças autoinflamatórias e intestinais inflamatórias.