Logo Folha de Pernambuco

Coronavírus

Pernambuco deve debater terceira dose de vacina contra a Covid-19 em alguns grupos

VacinaVacina - Foto: Gustavo Guerra/divulgação

Representante da Sociedade Brasileira de Imunizações em Pernambuco, o médico Eduardo Jorge disse, nesta quinta-feira (12), que há a possibilidade de alguns pernambucanos serem vacinados com uma terceira dose de imunizante contra a Covid-19. 

"É uma questão polêmica, mas extremamente importante. Quando se vai atrás do que diz a ciência, do que está recomendando a OMS (Organização Mundial da Saúde), temos a certeza de que a imunidade de algumas vacinas cai com o passar do tempo. Precisamos acompanhar para ter a certeza da queda desses anticorpos e ver a relação da perda desses anticorpos com o risco de adoecimento”, disse ele, durante em entrevista coletiva. 

Eduardo Jorge enfatizou, ainda, que, com a chegada da variante Delta, a prioridade é garantir a imunização de toda a população maior de 18 anos com as doses - no caso das vacinas administradas em duas doses, como a CoronaVac/Butantan, AstraZeneca/Oxford/Fiocruz e Pfizer/BioNTech. 

Estudos recentes apontaram que essa variante, identificada pela primeira na Índia, além de ser mais transmissível que a cepa original do coronavírus causador da Covid-19, também tem um potencial maior para escapar da imunidade produzida pelas vacinas. E que para aumentar o poder de defesa do organismo, é necessário estar com o esquema vacinal completo, ou seja, com as duas doses previstas. 

“Porém, há alguns grupos especiais, como os idosos e os pacientes com imunodeficiência, que, em um cenário epidemiológico que aponte para diminuição da proteção (dos anticorpos) e um maior risco de circulação da variante Delta, precisaremos, sim, começar a discussão da revacinação com uma terceira dose. Reforço que vai depender do tipo da vacina que a pessoa tomou, do cenário epidemiológico e da certeza que toda a população (adulta) já tomou a segunda dose. Provavelmente, daqui para dezembro, estará em pauta”, finalizou. 

Na quarta-feira (11), a Sinovac, farmacêutica responsável pelo desenvolvimento da CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, disse que os estudos apontam que a aplicação de uma terceira dose elevou em até cinco vezes os anticorpos na população com idades entre 18 e 59 anos e em até sete vezes nos maiores de 60 anos. 

Já o Ministério da Saúde disse, recentemente, ter um estudo em andamento junto à Universidade de Oxford para analisar a necessidade de administrar uma terceira dose nas pessoas que receberam a CoronaVac.

A proposta dessa pesquisa, segundo a pasta, é avaliar a resposta imunológica não só com um reforço da própria CoronaVac, mas também com os demais imunizantes em uso no País, inclusive o da Janssen, que é utilizado em dose única. A previsão é que os resultados saiam em novembro. 

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter