Pernambuco é o segundo Estado com a menor taxa de mortalidade por Covid-19, segundo Opas/OMS
Durante coletiva de imprensa, o secretário estadual de Saúde, André Longo, atribuiu a diminuição das mortes ao avanço da vacinação no Estado
Devido ao avanço da vacinação contra a Covid-19, Pernambuco registra a segunda menor taxa de mortalidade pela doença no início deste ano, com 6,1 mortes a cada 100 mil habitantes, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS). Os dados, colhidos até o dia 24 de fevereiro, mostram que a média do Estado é 55% menor que a média brasileira (13,5). Pernambuco fica atrás do Maranhão, que tem média de 5,3.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (2), o secretário estadual de Saúde, André Longo, atribuiu a diminuição das mortes ao avanço da vacinação.
“Este resultado, que significa vidas salvas, só foi possível graças ao intenso trabalho para avançar com a vacinação que vem contando com a colaboração da maioria da população pernambucana e com os esforços do Governo do Estado e das prefeituras”, destacou.
Ele ressalta que é fundamental a vacinação continuar avançando. “Para continuarmos colhendo resultados positivos nessa luta contra a doença, e também para continuarmos avançando no relaxamento das medidas de contenção do vírus, o caminho é ampliar ainda mais a vacinação”.
Em 2021, Pernambuco também registrou a segunda menor taxa de mortalidade do País, com 112,9 óbitos por 100 mil habitantes. No acumulado entre 2020 e 2022, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Estado está entre as cinco menores taxas de mortalidade por Covid-19 do País.
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Redução dos indicadores
Ainda de acordo com Longo, os números da 8ª Semana Epidemiológica consolidam o cenário de redução de todos os indicadores da Covid-19 em Pernambuco. “Com esse cenário, nós temos segurança para progressões no nosso Plano de Convivência”, ressaltou.
A positividade geral das amostras analisadas no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE), que oscilou entre 52% e 47% entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro, está atualmente em 9,5%.
Segundo o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebelo, os indicadores da saúde mostram que as medidas restritivas foram fundamentais para o resultado positivo. “A vacinação, os reforços no sistema de saúde e as medidas de cuidado adotadas conseguiram trazer uma boa situação para o nosso Estado”, destacou.
Plano de Convivência
Com a redução nos números da Covid-19, o governo liberou novas flexibilizações para atividades em setores econômicos e sociais. Até o dia 15 de março está autorizada a realização de eventos sociais para até 3 mil pessoas em ambientes abertos e até 1,5 mil pessoas em locais fechados, ou até 70% da capacidade do local em ambos os ambientes. Para museus, teatros e circos estão liberadas até 1,5 mil pessoas.
Os jogos de futebol se assemelham às regras de lugares abertos, ou seja, até 3 mil pessoas. Os eventos corporativos também podem acontecer para até 3 mil pessoas.
Continua sendo obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação. Nos casos de eventos para mais de 500 pessoas, é necessário apresentar teste negativo de Covid-19.
De acordo com o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes, há perspectiva de mais flexibilizações nos próximos 15 dias, se os números da saúde continuarem em queda. “É possível novas progressões para os próximos 15 dias e no mês de abril. A Semana Santa, por exemplo, é um evento importante para o turismo de Pernambuco, então estamos confiantes que isso deverá acontecer”, avaliou o secretário.
Mais vacinas contra a Influenza
Ainda durante a coletiva, André Longo afirmou que o Governo de Pernambuco vai solicitar ao Ministério da Saúde o envio de vacinas contra a Influenza produzidas pelo Instituto Butantan. A urgência se dá devido ao período de sazonalidade das doenças respiratórias que acontece em março no Estado.
Na última sexta-feira (25), um primeiro lote foi entregue ao Programa Nacional de Imunizações. Já na segunda-feira (28), um segundo lote foi entregue, totalizando cerca de sete milhões de doses. Porém, até o momento, nada foi encaminhado aos estados.