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Pernambuco enviou, nesta sexta (10), a primeira equipe de suporte para resgates no Rio Grande do Sul

21 militares do CBMPE e quatro agentes da Defesa Civil, com experiência em desastres naturais, seguiram para o estado gaúcho na maior mobilização de apoio à outro estado da história do comando

Pernambuco envia, nesta sexta (10), a primeira equipe de suporte para resgates no Rio Grande do SulPernambuco envia, nesta sexta (10), a primeira equipe de suporte para resgates no Rio Grande do Sul - Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

Na manhã desta sexta-feira (10), o Governo de Pernambuco enviou a primeira equipe de suporte para ajudar no resgate das vítimas da catástrofe ocasionada pelas fortes chuvas, no Rio Grande do Sul. 

Vinte e um militares do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) e quatro agentes da Secretaria Executiva de Defesa Civil iniciarão o deslocamento, por terra, em direção ao estado, que sofre desde o dia 27 de abril, com inundações de até 15, 13 metros; provenientes do alto volume de chuvas na região. 

Pernambuco envia, nesta sexta (10), a primeira equipe de suporte para resgates no Rio Grande do SulPernambuco envia, nesta sexta (10), a primeira equipe de suporte para resgates no Rio Grande do Sul. Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

Deslocamento por terra
O comandante geral do CBMPE, coronel Luciano Fonseca, explicou o motivo das equipes seguirem para o Rio Grande do Sul por terra. De acordo com ele, o apoio aéreo foi solicitado para a Força Aérea Brasileira (FAB), no entanto, devido à alta demanda, ainda não haviam conseguido um espaço na agenda.

"Acontece que a FAB está muito empenhada em todas as ações de apoio humanitário no estado do Rio Grande do Sul, e possui uma agenda. Estamos prontos desde a semana passada para ajudar, mas não havia, ainda, trasporte disponível", disse o comandante.

A operação de deslocamento é composta por sete viaturas de salvamento, equipadas com materiais específicos para resgate de vítimas ilhadas e 3 botes infláveis para salvamento com motores de popa.

"Assim, a decisão que nós tomamos, então, foi de modificar um pouquinho a nossa logística para viabilizar o transporte terrestre. Como por exemplo,tirar as embarcações que seriam atreladas e trocar por aquelas que podem ser dobradas e acondicionadas na viatura, para que o nosso pessoal pudesse seguir logo, por terra, e com segurança", elucidou o coronel.

A previsão é de que a equipe chegue ao local em torno de quatro a cinco dias. 

Equipes precisar estar preparadas para agir
O coronel Luciano Fonseca explicou ainda que era necessário levar todos os equipamentos e viaturas CBMPE, para que as equipes pudessem ser autosificientes e ajudar de forma efetiva. 

"Não adianta chegar lá sem ter equipamentos, como viatura ou embarcação. Isso foi muito enfatizado pelo comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. Isso estava previsto para ir de aeronave, mas eles precisam desse apoio urgente. Tem equipes que estão lá trabalhando há mais de sete dias, eles precisam ser rendidos e descansar", relatou o coronel. 

Essa é a maior mobilização do CBMPE, entre pessoal e equipamentos, para apoiar outro estado do país; afetado por uma catástrofe naturais.

"Nós já tivemos uma outra operação de apoio, um incêndio florestal em 1998, em Roraima, com um número maior de militares. Porém, considerando toda a infraestrutura e logística que está sendo colocada à disposição dessa operação, essa é a nossa maior ação humanitária da história", afirmou o comandante geral do CBMPE.

Equipe especializada
Os Bombeiros Militares e os agentes da Defesa Civil de Pernambuco, que seguem em direção ao Rio Grande do Sul, compõem uma equipe especializada no suporte em ocasiões de desastres naturais, como, por exemplo, o atendimento às ocorrências de enchentes, inundações e deslizamentos de barreiras. 

A missão conta, também, com dois binômios (equipe composta por cães de busca e seus respectivos condutores), que atuam em conjunto para o salvamento de desaparecidos.

Os Labradores enviados, o casal Hulk e Ayla, tem experiência e certificação nacional para resgates de vivos e mortos em deslizamentos causados pela água. A cadela Ayla, inclusive, esteve no Rio Grande do Sul, no desastre do ano passado. 

Em relação aos cães, o comandante geral do CBMPE, explicou que, dentro da logística da operação, as equipes de binômios não seguirão por terra. E que o Corpo de Bombeiros já está planejando a logística para que eles se encontrem com o efetivo no local.  

"Não é ideal que os cães sejam transportados durante muito tempo nas caixas que compõem a viatura. Apesar do veículo ser totalmente apropriado para isso, e ter sido concebido para transportar os animais, eles pode ficar estressados e se machucarem se ficarem muito tempo dentro da caixa e então, chegando lá, não vão cnseguir operar corretamente. Por isso, eles seguirão de avião", explicou o coronel Luciano.

Equipe do Sertão
A equipe de militares do CBMPE enviada nessa missão é composta, predominantemente, por agentes do Sertão do Estado; de municípios como Petrolina, Salgueiro e Serra Talhada. 

O objetivo da seleção dos agentes é manter uma estrutura de pronta-resposta a desastres na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata e Agreste do Estado; áreas que podem enfrentar chuvas nos próximos meses.

 

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