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RESSOCIALIZAÇÃO

Pernambuco inaugura primeira fábrica de fardamentos de detentos em unidade prisional

Detentos dos regimes semiaberto e fechado receberão fardamentos do governo pela primeira vez

Fábrica foi instalada em unidade prisional de Caruaru, no Agreste do EstadoFábrica foi instalada em unidade prisional de Caruaru, no Agreste do Estado - Foto: Franci Almeida/Seap

Em uma iniciativa inédita no sistema prisional de Pernambuco, foi inaugurada, nesta sexta-feira (26), a primeira unidade fabril dedicada à confecção de fardamentos para detentos. 

A fábrica, localizada na Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), em Caruaru, no Agreste, terá capacidade para produzir 280 mil peças anualmente, incluindo camisas, bermudas e calças.

O projeto do Governo do Estado tem por objetivo atender à demanda de 25 unidades prisionais, incluindo a recém-inaugurada unidade Policial Penal Leonardo Lago, no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. 

A fábrica ocupa uma área de 130m² e contará com a mão de obra de 40 pessoas privadas de liberdade (PPLs), que serão remuneradas e terão direito à remição de pena. 

Os concessionados vão trabalhar das 8h às 17h, com intervalo para almoço. 

Os equipamentos, incluindo 29 máquinas de costura, quatro máquinas de corte e mesa de corte, foram doados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Até o próximo ano, o governo quer implantar cinco novas fábricas dos ramos têxtil e de artefatos de concreto no sistema prisional.

No setor de concreto, serão produzidos blocos que servirão para a pavimentação de espaços públicos.

Detentos irão trabalhar na fábrica de fardamentos | Foto: Franci Almeida/Seap

Ressocialização
"O papel fundamental da Seap é a ressocialização, queremos devolver essas pessoas privadas de liberdade melhores para a sociedade, e o trabalho e o estudo são os melhores caminhos", afirmou o secretário Paulo Paes, destacando o compromisso da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização com a ressocialização dos detentos.

A Seap tem como meta ter, até 2026, 62% dos presos trabalhando ou estudando. A pasta também pretende ter todos os detentos do regime fechado e semiaberto fardados até junho do próximo ano. 

Gerente da Plácido de Souza, Romero Timóteo destaca a importância da unidade fabril para a ressocialização dos detentos.

"É importante que as pessoas que cumprem pena na PJPS entendam que a criação da fábrica é uma oportunidade para que possam voltar para a sociedade com outro pensamento", pontuou.

Já o detento Bruno Serafim, de 28 anos, que está há três na unidade, expressou a sua gratidão pela oportunidade.

"Agradeço a todos por nos valorizar e acreditar que a gente tem jeito. Costumo dizer que a gente erra, mas é com os nossos erros que a gente aprende a consertar. Chegou o momento de escolher as coisas certas", disse.
 

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