Logo Folha de Pernambuco

Segurança Pública

Pernambuco reduz homicídios e roubos no 1º quadrimestre de 2021

Entre janeiro e abril deste ano, crimes patrimoniais tiveram menor patamar desde 2014. No mesmo recorte, os CVLIs apresentaram o mais baixo índice desde 2015

Segurança Pública em PernambucoSegurança Pública em Pernambuco - Foto: Divulgação / SDS

Pernambuco terminou o 1º quadrimestre de 2021 com os menores índices de criminalidade dos últimos anos. Os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) chegaram ao mais baixo número para o período desde 2014, com 17.106 queixas.

Voltando na linha do tempo, 2013 foi o ano que apresentou menos casos desse tipo de crime na série histórica, ao contar 16.370 registros. Já o total de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) nos quatro meses iniciais deste ano foi de 1.134, o mais reduzido para o período em 7 anos. Somente 2014, com 1.124 mortes, ficou abaixo [confira dados completos ao final do texto].

No comparativo do quadrimestre deste ano com o mesmo período de 2020, a diminuição percentual nos CVLIs foi de 13,8% (queda de 1.316 para 1.134, com diferença de 182 menos mortes). Ao avaliar especificamente o quarto mês deste ano, Pernambuco também teve o abril com a menor incidência de homicídios dos últimos 7 anos.

As 304 mortes violentas desse mês em 2021 ultrapassaram as 296 ocorridas no período correspondente em 2014. Confrontando somente abril de 2021 com o de 2020, a queda chegou a 5,6% - de 322 para 304 vítimas. 

“A série de estatística de homicídios em Pernambuco começou em 2004, ou seja, 18 anos a serem analisados. Desses, 2021 está entre os três com menores indicadores de criminalidade violenta. Nesse período, uma série de fatores, como aumento populacional e crises diversas, poderiam nos levar a um cenário mais grave. Mas houve retração. Isso porque o Pacto pela Vida tem dado resposta ao crime. Somente este ano, 798 homicidas foram presos, o que nos ajudou a preservar 182 vidas em relação a 2020. Vamos continuar buscando aprimorar o trabalho preventivo e repressivo em todo o Estado”, reforça o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

CVLIs no Agreste e Zona da Mata
Na comparação do 1º quadrimestre de 2021 e 2020, os crimes letais intencionais decresceram em 23,7% no Agreste (308 para 235). Também recuaram na Zona da Mata, em -23,31% (296 para 227), na RMR em -13,67% (373 para 322) e, no Sertão, a diferença foi de -6% (150 para 141). Aumento apenas no Recife, de 189 para 209, ou 10,58%. Em abril, comparado com o mesmo mês de 2020, a Zona da Mata teve -17,81% CVLIs (de 73 para 60), enquanto na RMR a variação chegou a -14,89% (94 para 80) e, no Agreste, -10% (70 para 63). Índices em alta em abril no Sertão, com 17,14% (35 para 41), e de 20% Recife (50 para 60). 

Estupros e iolência doméstica
O número de mulheres vítimas de estupro que registraram queixa na Polícia Civil mostrou redução tanto no 1º quadrimestre quanto isoladamente em abril, no confronto entre 2021 e 2020. A diferença no quarto mês do ano foi de -18,75% (de 176 para 143), enquanto entre janeiro e abril ficou em -6,91% ao diminuir de 811 para 755. Por outro lado, os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher elevaram-se em 1,81% no quadrimestre de um ano para o outro, passando de 13.720 para 13.968 denúncias. Somente em abril, o aumento chegou a 13,68%, de 2.749 para 3.125. Por sua vez, as mulheres vítimas de CVLI caíram de 26 para 24 em abril (-7,7%), porém o total do quadrimestre aumentou de 76 para 85 (11,8%). Já os feminicídios subiram de 9 para 11 em abril, e de 28 para 38 no recorte dos quatro meses.

Análise geral e regional dos roubos
Em 2021, no quadrimestre, houve 4.247 menos crimes patrimoniais em relação ao mesmo período do ano passado. Isso porque, este ano foram registradas 17.106 queixas, contra 21.353 em 2020. A retração percentual é de 19,89%. Em todas as regiões de Pernambuco, verificou-se um recuo das queixas de roubo ao comparar os primeiros quatro meses de 2021 com os de 2020. O mais expressivo se deu na Zona da Mata, com -29,39% (de 1.221 para 958), seguida do Agreste (-22,1%, saindo de 4.077 para 3.176), Sertão (-21,54%, de 6.859 para 5.661), Recife (-17,93%, ao diminuir de 7.134 para 5.855) e Região Metropolitana (-17,47%, reduzindo de 6.859 para 5.661). Considerando apenas abril, em 2021 contabilizaram-se 4.042 CVPs em Pernambuco, ou 1,23% acima dos 3.993 desse mesmo mês no ano precedente.

Crimes Violentos contra o Patrimônio
Fechando o quarto mês de 2021 com 1.350 boletins de ocorrência relativos a roubos, o Recife teve o abril com o mais baixo registro de CVPs da série histórica de estatísticas desse tipo de crime no Estado. Abril de 2020 já havia sido o menor, com 1.351 casos, praticamente a metade dos 2.647 notificados no quarto mês de 2019.

Crimes patrimoniais
O roubo de veículos decaiu 20,53% nos quatro meses iniciais de 2021, em relação ao período equivalente de 2020. Em dados absolutos, passou de 3.883 para 3.086. A subtração violenta de cargas no 1º quadrimestre deste ano retraiu para menos da metade do aferido no do ano antecedente: de 244 para 116, ou seja, -52,5%. Percentual similar ao da queda de investidas contra bancos, caixas eletrônicos e carros-fortes, que ficou em -50% na mesma comparação, uma vez que retraiu de 6 para 3 ocorrências.



Série histórica de CVLIs no 1º quadrimestre em PE

2004 - 1.366
2005 - 1.467
2006 - 1.583
2007 - 1.683
2008 - 1.552
2009 - 1.464
2010 - 1.275
2011 - 1.300
2012 - 1.144
2013 - 1.080
2014 - 1.124
2015 - 1.307
2016 - 1.411
2017 - 2.039
2018 - 1.593
2019 - 1.207
2020 - 1.316
2021 - 1.136


Série histórica de CVPs no 1º quadrimestre em PE

2011 - 16.952
2012 - 17.663
2013 - 16.370
2014 - 19.899
2015 - 25.229
2016 - 35.506
2017 - 42.633
2018 - 33.972
2019 - 28.325
2020 - 21.353
2021 - 17.106

Veja também

Em meio à 'crise das carnes', deputados franceses expressam oposição ao acordo UE-Mercosul
França

Em meio à 'crise das carnes', deputados franceses expressam oposição ao acordo UE-Mercosul

Uruguai vira à esquerda e se mantém alheio à polarização na América Latina
Uruguai

Uruguai vira à esquerda e se mantém alheio à polarização na América Latina

Newsletter