Premiação
Folha de Pernambuco é finalista dos prêmios Cristina Tavares e Jornalismo Cultural
A repórter Júlia Rodrigues e o fotógrafo Léo Malafaia concorrem na categoria texto (estudante) e fotojornalismo, respectivamente
Léo Malafaia, fotógrafo da Folha. Foto: Rafael Furtado/Folha de PernambucoJúlia Rodrigues, repórter da Folha. Foto: Cortesia
A Folha de Pernambuco é finalista do 25º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo e do 1º Prêmio de Jornalismo Cultural, ambos promovidos pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Com a atual proibição de eventos com mais de 10 pessoas, por conta das medidas de isolamento decretadas para combater a pandemia do novo coronavírus, a tradicional festa de premiação será substituída por uma transmissão ao vivo, na terça, às 20h30, nas redes sociais do Sinjope e da ABBC Comunicação, também parceira na realização dos prêmios.
O trabalho "Torcedoras com deficiência evidenciam luta por igualdade", da repórter Júlia Rodrigues, concorre na categoria estudante de "Texto – Reportagem e Reportagem com Desdobramento". A matéria foi publicada no dia 7 de março, na véspera do Dia Internacional da Mulher, retratando a luta de mulheres com deficiência para marcar presença nos estádios de futebol de Pernambuco, superando as dificuldades estruturais dos locais e falta de atenção ao público em questão.
"Falar sobre mulheres com deficiência no meio esportivo representa muito mais do que um texto. Jornalismo tem essa capacidade de ultrapassar fronteiras. Recebi um feedback legal das meninas que foram citadas na matéria e algumas disseram que foi a realização de um sonho. Isso é muito representativo", declarou Júlia.
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O fotógrafo Léo Malafaia está concorrendo na categoria "Fotojornalismo" por uma imagem que rodou o mundo. O registro mostrava o menino Everton Miguel dos Anjos, de 13 anos, um dos voluntários na coleta dos resíduos de óleo que afetou o litoral brasileiro no ano passado. O garoto estava na praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Na foto, é perceptível ver o jovem vestido com plásticos de lixo, retirando do mar sacos com petróleo. Em Pernambuco, as manchas de óleo atingiram 47 praias e oito rios e estuários de 13 municípios.
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A foto circulou em periódicos como The New York Times (Estados Unidos), The Guardian (Inglaterra), Clarín (Argentina), além da agência de notícias francesa France-Press (AFP). A imagem também foi levada pela Arayara, 350.org e COESUS para uma exposição que as entidades promoveram na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP-25), que aconteceu em Madri, na Espanha. A exposição foi chamada de #MarSemPetróleo.
"Trabalhos como o meu e de tantos outros fotojornalistas que participaram da cobertura das manchas foram fundamentais para jogar luz sobre o assunto. É esse o nosso papel e hoje, mais do que nunca, ele é fundamental. Por isso, eu fico feliz de estar entre os finalistas, ao lado de pessoas que admiro, além de poder representar com minhas fotografias aqueles que muitas vezes não tem voz", disse Malafaia.