Forte das Cinco Pontas recebe iluminação especial
Monumento concorre a título de Patrimônio Mundial pela UNESCO junto a outras 18 fortalezas brasileiras
Construído pelos holandeses em 1630, o Forte das Cinco Pontas, localizado no bairro de São José, na Zona Central do Recife, inaugurou na noite desta segunda-feira (26) um novo sistema de iluminação RGB, que permite a troca das cores projetadas nas muralhas que compõem a edificação. A tecnologia é a mesma utilizada no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e no prédio museu da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Além da valorização dos contornos arquitetônicos de um dos monumentos mais representativos da arquitetura colonial da capital pernambucana, é esperada uma economia de 30% de energia. Ao todo, foram instalados 66 projetores e 20 postes — todos em LED. O investimento total soma R$ 480 mil e foi custeado pelo Instituto Neoenergia.
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À frente da distribuidora Celpe, o Grupo Neoenergia aproveitou a ocasião para lançar seu Instituto, que até então atuava sob a alcunha de Iberdrola [nome da acionista controladora da fusão]. A diretora do Instituto, Renata Chagas, conta que a proposta foi apresentada a administração do equipamento em 2016. “Procuramos um monumento que poderíamos valorizar com nossa iluminação. Quando soubemos da coincidência do Forte abrigar o Museu [da Cidade do Recife] pensamos que poderíamos gerar um reconhecimento da população e contribuir com a preservação de sua história aumentando o acesso da população e do turismo”, explicou Renata.
Participaram do evento de lançamento, o espanhol presidente da Fundación Iberdrola, Ramón Castresana; o presidente da Celpe, Antônio Sanches; e a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves.
Patrimônio
Ao longo da colonização do país, o Forte de São Tiago das Cinco Pontas foi palco de batalhas entre holandeses e portugueses pela conquista territorial de Pernambuco. Dada sua importância histórica, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o selecionou junto ao Forte do Brum, no Bairro do Recife, ao Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, e outros 16 fortes espalhados pelo Brasil, para concorrer ao título de Patrimônio Mundial da Unesco. Para a diretora do Museu da Cidade do Recife, Betânia Correia de Araújo, o reconhecimento é natural. “Existe uma concentração de turismo e lazer no Bairro do Recife. Isso faz com que outros bairros históricos como Santo Antônio, São José e Boa Vista, vivam certo abandono. Acho que as pessoas precisam descobrir o bairro de São José, que é um bairro riquíssimo. Aqui nasceu o frevo, o maracatu e era onde ficavam as casinhas. Isso tudo está no mapa do Século XVII”, conta.
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