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Pernambuco registra em março menor número de roubos em seis anos

Os 4.869 Crimes Violentos contra o Patrimônio contabilizados no mês passado ficaram no patamar mais baixo desde fevereiro de 2014, ou seja, em um intervalo de 72 meses

Polícia MilitarPolícia Militar - Foto: Divulgação

A série histórica de redução de roubos em Pernambuco chegou ao 31º mês consecutivo em março de 2020 e ficou no índice mensal mais baixo em seis anos. Segundo estatísticas divulgadas pela Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS), houve uma queda de 37,38% nos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) no mês passado, em relação ao seu equivalente de 2019. Em dados absolutos, a protagonização desse crime diminiu de 7.776 para 4.869. Esse patamar é o menor desde fevereiro de 2014, quando houve 4.659 casos. Considerando o primeiro trimestre, o recuo em confronto com os três meses iniciais do ano passado foi de 20,19%, tendo passado de 21.162 para 16.890 ocorrências (-4.272 queixas).

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"Os profissionais de segurança estão se desdobrando para garantir as investigações, policiamento ostensivo, operações, prisões, perícias, resgates, salvamentos e também atuar fortemente no cumprimento e fiscalização das medidas sanitárias. Isso tem exigido muita dedicação e planejamento, com o remanejamento de efetivo de áreas desativadas pela pandemia, como Patrulha Escolar, Lei Seca e jogos de futebol, para as rondas nas ruas. Vale ressaltar que os crimes patrimoniais caíram em suas diversas modalidades, como os assaltos, investidas a bancos, furtos e arrombamentos. A segurança é um serviço essencial e temos de nos manter firmes no front para superar os enormes desafios de proteger a saúde da população e proporcionar tranquilidade a quem está em casa e aos que precisam sair diariamente para trabalhar”, avalia o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

FURTOS E ARROMBAMENTOS
A incidência de furtos contra estabelecimentos comerciais em Pernambuco caíram 60%, no comparativo entre 12 de março (data da confirmação do 1º caso de novo Coronavírus no Estado) e 12 de abril de 2020, com o mesmo período de 2019. No recorte deste ano, houve 20 registros de arrombamentos, quebras de estruturas como portas e janelas, vandalismos e situações em que lojas e outros estabelecimentos foram invadidos, contra 50 no ano passado. Nessa mesma metodologia, os CVPs, quando há uso da violência ou grave ameaça durante a subtração de bens, diminuíram 46%, passando de 7.754 ocorrências em 2019 para 4.188 (diferença de -3.566). O tipo de furto conhecido como “saidinha de banco” caiu 67%, saindo de 12 casos, no ano passado, para 4 este ano. Os furtos a residências mantiveram a tendência: foram menos 1.242 registros no período pandêmico, o que representa -49% em relação às 2.322 queixas de 2019.

“Acompanhamos, em tempo real, as estatísticas em todas as áreas integradas de segurança. Isso é mérito da metodologia e modelo de gestão desenvolvidos no Pacto pela Vida. Em um período como esse, de mudança substancial na dinâmica de vida das pessoas, é fundamental ter informações rápidas e seguras para direcionar ações e esforços. Os números mostram a redução global dos roubos e furtos desde o surgimento da Covid-19 em Pernambuco, seja contra o comércio, em sua grande maioria de portas fechadas, ou vitimando pessoas nas vias públicas”, explica Antonio de Pádua.

RECIFE
Somente no Recife, março deste ano alcançou -41,2% no contraste com o terceiro mês de 2019. Houve 1.711 roubos, contra os 2.910 do ano antecedente. A Operação Cerne, que atua permanentemente nos bairros do Centro do Recife, alcançou em março queda de 52,4%, tendo passado de 439 para 209 roubos. Índice ainda maior foi verificado pela Operação Boa Viagem, que baixou de 69 para 22 os CVPs de março de 2019 para março de 2020, ou seja, -68,1%.

No acumulado do trimestre, a capital pernambucana novamente mostrou o maior percentual de queda, com 28,07%. Entre janeiro e março de 2019, registraram-se 7.803 roubos na cidade, o que se reduziu para 5.613 nesse mesmo intervalo em 2020. Em seguida aparece a RMR, com -19,03% (de 6.6717 para 5.439). No Sertão, retração de -17,36%, passando de 1.175 para 971 queixas. A Zona da Mata teve -15,46% (de 1.921 para 1.624), enquanto o Agreste finalizou o primeiro trimestre deste ano com -8,54% ao baixar de 3.546 para 3.243.

DEMAIS REGIÕES
Sertão e Região Metropolitana obtiveram percentuais próximos: -41,11% (de 433 para 255 CVPs) e -40,3% (de 2.563 para 1.530), respectivamente. Na Zona da Mata, o recuo fechou em 34,18%, tendo passado de 673 para 443 denúncias de roubo. Já o Agreste terminou com -22,31% na mesma comparação, ao sair de 1.197 para 930 casos.

SUBTRAÇÃO DE CELULAR
Os crimes contra o patrimônio que visavam subtrair telefones celulares regrediram 36% no mês passado. Comparando com março de 2019, foram menos 1.200 celulares roubados, pois as queixas decaíram de 3.324 para 2.124. Na soma do ano até o terceiro mês, a variação foi de -16,6%, baixando de 8.562 para 7.140 aparelhos alvo de criminosos. Ao mesmo tempo, a recuperação de telefones móveis aumentou 21,5% entre janeiro e março, tendo subido de 2.107 para 2.560. Desde que a SDS implantou o programa Alerta Celular, 20.511 aparelhos com registro de roubo acabaram apreendidos pelas forças de segurança pública.

OCORRÊNCIAS CONTRA BANCOS E AGÊNCIAS
As investidas consumadas contra agências bancárias, veículos de transporte de valores e caixas eletrônicos recuaram 40% no primeiro trimestre de 2020. No ano passado, houve 10 casos, contra 6 este ano. Isoladamente, o último mês de março apresentou queda de 20% nessa modalidade delituosa, tendo passado de 5 para 4 ocorrências.

ROUBO DE VEÍCULOS
O total de queixas de roubo de veículos em março deste ano diminuiu em mais de 100 ocorrências em relação ao ano passado. Os 1.049 casos retrocederam para 923 nesse comparativo, isto é, -12%. Quando se analisa o período de janeiro a março em 2019 e 2020, essa modalidade criminosa recuou de 3.082 para 2.920 (-5,26%).

PRODUTIVIDADE POLICIAL
Em janeiro, fevereiro e março, as polícias de Pernambuco efetuaram 9.967 prisões em flagrante, além de realizar 1.398 autuações por ato infracional (quando os acusados têm menos de 18 anos). No mesmo período, apreenderam 1.278 armas. Também no trimestre, as ocorrências pelo crime de tráfico drogas totalizaram 1.409 casos.

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