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Policial aposentado tenta matar ex-companheira em salão de beleza no Parnamirim

Segundo a PM, a vítima, que trabalha como manicure no local, foi atingida por disparos de arma de fogo e levada para o Hospital Agamenon Magalhães

Tentativa de homicídio em salão de beleza no ParnamirimTentativa de homicídio em salão de beleza no Parnamirim - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

A Polícia Civil de Pernambuco investiga mais uma tentativa de feminicídio no Recife. Renata Sérgio da Silva, de 30 anos, foi baleada pelo ex-companheiro na tarde desta quinta-feira (27) em um salão de beleza onde trabalha como manicure no bairro do Parnamirim, na Zona Norte da capital pernambucana. Sargento reformado da Polícia Militar, Erivaldo Gomes dos Santos, de 57 anos, não aceitava, de acordo com a polícia, o término do relacionamento.

“Os dois conviviam há 11 anos, mas há seis meses ela decidiu que não queria mais o relacionamento porque Renata queria uma coisa mais estável e ele não aceitava esta decisão. Eles têm uma filha de 10 anos e ela relatou que o ex-companheiro sempre foi violento. Quando ela decidiu acabar, ele intensificou com perseguição e ameaças”, informou a delegada de plantão do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Érica Bezerra.

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Ainda segundo a delegada, Renata já havia registrado na Delegacia da Mulher que o ex-companheiro a agredia. “A vítima chegou a registrar uma ocorrência contra ele na Delegacia da Mulher e na Corregedoria. Segundo a mãe dela, a justiça já havia emitido uma medida protetiva contra o policial”, completou.

De acordo com a mãe de Renata, Ana Vicência, de 57 anos, o policial reformado mantinha uma relação extraconjugal com a vítima. “Ele é casado e, mesmo assim, tinha uma relação com a minha filha. Ele mora com a mulher dele e tem outra filha com a mesma idade de Renata”, contou.

A mãe contou que, por causa das agressões que Renata sofria, a filha chegou a se mudar para fugir das ameaças do ex-companheiro. “Ela morava na mesma rua que eu moro, mas se mudou e não falou para ninguém para onde ia porque tinha medo que ele a achasse. Inclusive nem a mim ela contou porque tinha medo que eu dissesse a alguém da rua sem querer e ele acabasse descobrindo. Ele não aceitava que ela ficasse separada dele”, relatou Ana.

Crime
A tentativa de feminicídio aconteceu por volta das 15h. De acordo com testemunhas, Renata Sérgis foi atingida por três tiros no rosto, tórax e abdômen. No momento do crime, havia seis pessoas – a proprietária, uma cliente e quatro funcionárias – no salão de beleza onde a vítima trabalhava.

Segundo o porteiro da galeria onde se localiza o salão, Cícero dos Santos, de 50 anos, as pessoas ficaram em pânico e saíram correndo depois que o sargento reformado efetuou os disparos. “Momentos antes, a dona do salão saiu gritando pra mim ‘Seu Cícero, ele está armado’. Logo em seguida, ouvi três disparos. Quando eu virei, ele [policial aposentado] saiu correndo. Eu não cheguei a ver porque na hora foi uma agonia, mas o pessoal que estava perto falou que ele subiu em uma moto e foi embora”, relatou o porteiro.

Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local, onde visualizaram manchas de sangue - principalmente na copa do salão -, além de projéteis. "Olhamos elementos balísticos para comparar com a arma", observou o perito Victor Sá Leitão.

Renata Sérgis foi socorrida pelos colegas de trabalho para o Hospital Agamenon Magalhães, em Casa Amarela, e depois transferida para o Hospital da Restauração, no Derby, onde passou por cirurgia. O quadro de saúde dela é considerado estável. A Polícia Civil informou, na manhã desta sexta-feira (28), que Erivaldo continua foragido, mas trabalha para tentar localizar e prender o suspeito.

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